Área a ser licitada tem 72 mil metros quadrados e fica localizada na retroárea do Cais 5. Será destinada à movimentação de granéis vegetais e minerais, além de carga geral
O Porto de Suape, localizado em Ipojuca, na região metropolitana do Recife, espera receber, nos próximos meses, investimentos da ordem de R$ 59,8 milhões com o novo arrendamento do Terminal de Granéis Sólidos de Suape (TGSS), localizado na retroárea do Cais 5, um espaço de 72 mil metros quadrados.
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O edital de licitação foi anunciado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) na última sexta-feira (4). O leilão acontecerá no dia 30 de março, na B3, em São Paulo (SP), e o valor mínimo de outorga será de R$ 1,00.
O terminal a ser licitado, atualmente sob contrato de transição à empresa pernambucana M&G São Caetano, foi projetado para movimentar e armazenar granéis vegetais e minerais, e carga geral. O prazo contratual será de 25 anos, com celebração de contrato previsto neste ano e início das operações em 2024.
A área está localizada no porto interno de Suape, na margem oposta ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS). A futura arrendatária deverá realizar investimentos para que o terminal seja dotado de capacidade estática mínima total de 12 mil toneladas, além da aquisição de sistemas de recepção rodoviária, sistema transportador de correias e equipamentos equivalentes para garantir a produtividade (prancha média geral) de 549 t/h (toneladas por hora) e 128 t/h, para a movimentação de coque de petróleo e açúcar ensacado, respectivamente.
“Com este novo arrendamento, Suape vai dar um passo importante para diversificação de cargas e aumento significativo na movimentação portuária. O porto terá incremento na exportação e importação de vários tipos de granéis sólidos. É um investimento importante, que vai gerar novos negócios para o porto e empregos para a região. Esse processo também faz parte do nosso projeto de modernização dos cais e píeres, em curso desde o ano passado", pontua o diretor-presidente da estatal, Roberto Gusmão.
Regularizado e cumprindo todas as exigências de licenciamento ambiental, o TGSS está apto ao armazenamento de açúcar e granéis diversos, como soja, farelo de soja, trigo, milho, malte, cevada, arroz, feijão, farinha, cereais, coque de petróleo e fertilizantes, por meio da operação do shiploader, equipamento portuário utilizado no transporte de granéis dos armazéns para os navios.
O terminal está operando desde junho do ano passado. O espaço foi oferecido para contratação sob o regime de transição após a devolução da área pela Agrovia do Nordeste e autorização da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA). A M&G São Caetano participou do chamamento público em 2020 e ofereceu o maior preço do certame transitório. O terminal tem capacidade para movimentar de 500 a 600 mil toneladas de carga por ano. Caso tenha a intenção de continuar a explorar o espaço, a empresa terá que participar e vencer o leilão do próximo dia 30.