A empresa norueguesa Subsea 7 vai apresentar amanhã, terça-feira (11), em Curitiba, o projeto do Parque de Construção Submarina de Pontal do Paraná. Licenciamento saiu no final do governo Pessuti.
O diretor-presidente da empresa no Brasil, Victor Snabaitis Bomfim, e o diretor-executivo José Augusto Fernandes tentarão explicar que as atividades industriais e portuárias não afetarão a tribo dos M’Byá Guarani, que vive nas proximidades e que aguarda a demarcação de suas terras pela Funai.
Por fim, a Subsea 7 tentará provar que não provocará impactos significativos ao meio ambiente.
A Subsea conseguiu que o Instituto Ambiental do Paraná IAP) concedesse o licenciamento no final do governo Pessuti. Isto aconteceu no dia 22 de dezembro, depois que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) considerou que a autorização deveria ser feito pelo Estado.
Impactos
O procurador da República Alessandro José Fernandes de Oliveira, de Paranaguá, queria que o pedido de licenciamento fosse analisado por órgão federal em razão da presença dos guaranis, da fragilidade do ecossistema local e do fato de o empreendimento estar em águas da União.
A empresa explica que irá utilizar apenas 3% da área de 2,6 mil hectares entre os rios Maciel e Guaraguaçu que adquiriu. Os 97% restantes seriam preservados, “com monitoramento por profissionais especializados”.
Receita
Mas os principais argumentos são econômicos. Segundo a empresa, serão investidos R$ 10 milhões e gerados 600 empregos diretos. O jornalista Zé Beto, do “Jornale” (http://jornale.com.br/zebeto) informa que só em ISS (Imposto Sobre Serviços) prometem uma receita de R$ 3,8 milhões por mês. Em ICMS a estimativa é de uma receita de R$ 10,8 milhões. Se os valores forem confirmados, Pontal do Paraná terá um acréscimo de mais de 20% em sua arrecadação.
Polo do pré-sal
A autorização para a Subsea poderá ser o início de um polo industrial em Pontal. A empresa ítalo-argentina Techint, especializada em plataformas de petróleo, pretende retomar suas atividades no município.
O grupo João Carlos Ribeiro também aguarda liberação para construir seu terminal portuário na Ponta do Poço, onde o calado natural poderá permitir a atracação de navios maiores do que os que têm acesso à Paranaguá.
Fonte:Correio do Litoral/ Gustavo Aquino
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