O superintendente dos Portos do Paraná, Mario Lobo Filho, apresentou, durante a Escola de Governo desta terça-feira (16), a evolução financeira dos portos paranaenses. O objetivo da apresentação foi demonstrar como os portos do Paraná evoluíram nos últimos oito anos e como foi possível recuperar o caixa da autarquia. “Tivemos três ajustes tarifários, um em 1996, outro em 2001 e o último em 2006, sendo que este não foi aplicado em sua totalidade e teve contestações judiciais. Por isso, afirmo com segurança, que o nosso caixa atual de R$ 450 milhões foi formado não por aumento de tarifas e sim por ajuste nas despesas”, explicou o superintendente. Ele destacou ainda que, estando sem reajustes tarifários desde 2006, hoje os portos paranaenses possuem as tarifas mais baratas do Brasil.
Em 2002, quando a atual gestão assumiu os portos paranaenses, o caixa herdado foi de R$ 50,73 milhões. Hoje, são R$ 450 milhões. De acordo com Lobo Filho, a mudança do regime de trabalho dos funcionários de 12 para seis horas diárias aliviou as despesas dos portos em R$ 4 milhões mensais. “Isso, ao longo de oito anos, soma exatamente este caixa que temos hoje, de R$ 450 milhões. Nossos recursos foram conquistados com sacrifício, porque fizemos a lição de casa”, disse.
Licenças – Apesar do recurso disponível em caixa, Lobo Filho explicou que as dificuldades em dar início a importantes obras estruturais se dão pela a ausência das licenças ambientais. “Já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para obter estas licenças, a documentação toda foi entregue ao Ibama e agora, para otimizar nossas operações, temos melhorado nossas estruturas atuais e estamos obtendo êxito”, explicou.
Entre as otimizações implantadas estão o aumento das áreas de fundeio, retomada da movimentação de cargas em Antonina, abastecimento de navios atracados, entre outras ações. O resultado destas medidas pode ser verificado em números. Até outubro, os portos paranaenses já superaram toda a movimentação de cargas registradas em 2009.
“Estamos tendo dificuldades em lançar obras no porto pela ausência de licenças ambientais. E também estamos sem receber recursos federais nesta área porque, por muito tempo, não se priorizou a busca por estes recursos. Mas na medida do possível estamos trabalhando com responsabilidade social e ambiental para otimizar os nossos portos”, afirmou o governador Orlando Pessuti.
Macrozoneamento – Na próxima quinta-feira (18), a superintendência dos portos paranaenses submeterá à apreciação do Conselho de Autoridade Portuária de Paranaguá (CAP) o Plano de Macrozoneamento do Porto de Paranaguá. De acordo com o superintendente, o plano elaborado pela Administração – e que cumpre uma determinação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) – estabelece vocações para os portos paranaenses.
“Elaboramos um plano estratégico para os Portos do Paraná para os próximos 30 anos. E podemos dizer, em linhas gerais, que a vocação do Porto de Paranaguá é de continuar a ser este porto múltiplo; a vocação de Antonina é a navegação de cabotagem e a indústria de apoio marítimo. Já o futuro Porto de Pontal terá vocação para receber grandes navios e plataformas e a região do Imbucuí, uma região com vocação industrial”, explicou.
Para o governador Orlando Pessuti, a evolução dos Portos do Paraná será motivada pela criação do Porto de Pontal. “No último dia 11, conseguimos a primeira licença para que o Porto de Pontal pudesse se instalar. Esta é uma vitória porque este porto será um grande gerador de renda e motivará o desenvolvimento de todo o litoral”, disse.
Fonte:Agência Estadual de Notícias
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