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Tarifa menor do Canal do Panamá poderia gerar grande economia aos navios destinados à China

As possibilidades de ganhos e as perspectivas da ampliação da utilização do Canal do Panamá pelo Brasil, principalmente pelos navios graneleiros, foi o mote da ida do diretor-presidente da ATP (Associação de Terminais Portuários privados), Murillo Barbosa, à conferência internacional Brazil Global Connection, no Panamá. O evento foi realizado na capital panamenha no dia 11 de dezembro, no Centro de Convenções Atlapa, e contou com a presença de representantes dos setores logístico e portuário.

Segundo estimativa da ATP, a economia da rota pelo Canal do Panamá é de quatro dias e 13h, saindo da região do Arco-Norte brasileiro e indo para a China. O que equivale a uma redução de US$ 129.356,11 no custo do frete, levando em consideração diminuição nos custos com o navio e com a gasolina. Atualmente, as altas taxas cobradas pelo Canal do Panamá inviabilizam seu uso, deixando a viagem pelo cabo da Boa Esperança US$ 160 mil mais barata por navio.

“A movimentação portuária de milho e soja na região do Arco Norte brasileiro tem crescido bastante nos últimos anos, com mais de 27 milhões de toneladas movimentadas para a exportação em 2018. Podemos potencializar ainda mais esse número utilizando o Canal do Panamá como rota para exportações destinadas à China. O caminho diminuiria em quase cinco dias a viagem, gerando uma economia extremamente significativa”, afirma Barbosa.

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Atualmente, os navios graneleiros viajam grandes distancias em direção à China, principal mercado consumidor, passando pelo Cabo da Boa Esperança. Esse é um trajeto mais demorado e demanda maior consumo de combustível quando comparado com a passagem pelo Canal do Panamá. Porém, a segunda alternativa não é praticada hoje no caso das commodities agrícolas, que têm baixo valor agregado, em razão das altas tarifas cobradas para uso do canal.

Para o presidente da ATP, a utilização do Canal do Panamá e a maior exploração dos portos do Arco Norte do país diminuiria significativamente o custo dos produtos brasileiros. “Esta é uma questão importante não apenas para o Brasil, mas para o mundo, que precisa, cada vez mais, de alimentos para uma população que não para de crescer. Por isso, trabalhamos no sentido de desenvolver um acordo tarifário entre as autoridades panamenhas e representantes do agronegócio brasileiro”, afirma.

Afora as contribuições do presidente da ATP, que participou do encontro como mediador do painel sobre Sinergia entre Portos, a programação contou com outros dois painéis que discutirão questões relacionadas à logística, importação e exportação. Além disso, outras duas exposições apresentarão o tema Sinergia Brasil, Panamá e China e as potencialidades das regiões brasileiras.



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