Em julho e agosto de 2023, a empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) alcançou três marcos de produtividade. O primeiro aconteceu em 28 de julho, quando a TCP registrou cinco encostes (processo de descarga e carregamento de trens) na ferrovia em um mesmo dia. A média do terminal é de cinco encostes diários.
No mês seguinte, outros dois recordes foram alcançados, sendo um deles novamente no setor ferroviário: em agosto, 9.364 contêineres passaram pela ferrovia. O recorde anterior de movimentação havia acontecido em agosto de 2022 e foi de 8.902 contêineres (crescimento de 5%).
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O terceiro marco registrado pelo terminal foi de gate. No mês passado, 44.427 contêineres passaram pelos portões da TCP, 1.075 a mais que no último recorde em maio deste ano. O gerente de planejamento de operações, Felipe de França, explica que "os aumentos sucessivos de produtividade registrados neste último ano vêm na esteira dos investimentos que o terminal realiza. Um deles foi a instalação de uma nova balança ferroviária dinâmica, que possibilita a pesagem de vagões ou composições ferroviárias em movimento".
Outro investimento que a TCP concluiu foi a eletrificação dos RTGs (guindastes de pórtico com pneus de borracha) usados para descarregar os trens. A conversão visa reforçar a confiabilidade e a disponibilidade do equipamento, diminuindo seu a manutenção em 90%, além de promover uma redução de 95% nas emissões de CO2.
Até o fim de 2023, a TCP deve aplicar R$ 370 milhões em obras de infraestrutura, como na ampliação em 43% do pátio reefer, passando de 3.572 tomadas para 5.126 disponíveis. Também foi construída uma subestação de energia própria, para sustentar a expansão energética do terminal
No dia 28 de julho, foram movimentados 808 TEUs pela ferrovia, sendo que 49,25% do volume que chegou à TCP foi de proteína animal congelada com destino ao Marrocos, Espanha e Inglaterra.
Executado em parceria com a Brado Logística, os ramais ferroviários conectam o terminal até as cidades paranaenses de Cascavel e Cambé, facilitando o escoamento da produção do estado, bem como de exportadores de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraguai.