A Santos Brasil concluiu os estudos do Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), referente às operações de 2010 no Tecon Santos, terminal localizado na margem esquerda do complexo portuário Santista. O diagnóstico foi realizado com base na unidade de medida padrão do impacto das emissões sobre o clima do planeta, na qual todos os gases do efeito estufa emitidos são transformados em CO2 equivalente. O índice adotado na análise da Santos Brasil considera a atividade exercida pela empresa: emissões de CO2 equivalente por TEU movimentado (unidade referente a um contêiner de 20 pés).
Comparado com o inventário de 2009, o índice apresentou redução de 13,63%: total de 13,3 quilos frente à 15,4 quilos em 2009. De acordo com o diagnóstico, em 2009 as emissões somaram 15.927 de toneladas de CO2 equivalente para 1,032 milhão de TEU movimentados no terminal. Já em 2010, o total de emissões foi de 17.932 toneladas de CO2 equivalente para uma movimentação de 1,351 milhão de TEU.
O mapeamento das emissões de GGE da Santos Brasil começou em 2007 no Tecon Santos. Os inventários levam em consideração emissões diretas como o consumo de combustível e indiretas por consumo de energia e por outras fontes como o consumo de combustível em frotas de transporte de funcionários
Melhorias na operação
Contribuíram para reduzir o índice de emissão de CO2 equivalente no Tecon Santos medidas diretas na operação como a ampliação do uso dos RTGs (Rubber Tire Gantry), equipamentos que fazem a movimentação de contêineres nos pátio, o que possibilitou o a diminuição do uso das "stackers" (empilhadeiras de contêineres). Com isto, a queima de combustível foi menor e o índice de emissão de CO2 equivalente na operação de movimentação no pátio teve uma redução de 46,06%, na comparação com o inventário de 2009.
Outro ponto favorável à redução nas emissões de GEE no terminal foi a aquisição de uma nova frota composta por 16 caminhões para o transporte terrestre de contêineres. Embora o número de veículos tenha aumentado de 95 para 111 em 2010, houve diminuição de 6,37% no índice de emissões, na comparação com 2009.
Outras medidas para preservação ambiental
Entre os principais objetivos do Inventário de GEE estão: revisão da matriz energética – composta, hoje, no Tecon Santos, majoritariamente, pelo óleo diesel e eletricidade – e a busca por fontes mais limpas e renováveis para as operações.
Desde 26 de setembro, todos os 58 veículos leves da frota do terminal e das unidades de logística da empresa em Santos e São Paulo, passaram a usar etanol como combustível, em substituição à gasolina. A maior vantagem do etanol de cana-de-açúcar é de praticamente zerar as emissões deste tipo de CO2. De acordo com pesquisas da Embrapa, a substituição de gasolina por etanol reduz em até 73% a emissão deste tipo de gás na atmosfera.
A Santos Brasil também estuda a possibilidade de eletrificar equipamentos a diesel como os RTGs (Rubber Tire Gantry) e o uso de combustíveis menos poluentes como GNV e biodiesel na frota própria de caminhões.
Ações pontuais visam à conscientização ambiental para minimizar o impacto causado, por exemplo, pelo deslocamento dos funcionários até as unidades da empresa. É o caso do projeto de "Carona Corporativa", que utiliza o site Caronetas Inteligentes, que integra colaboradores de empresas e centros empresariais. Os funcionários da Santos Brasil se cadastram no site indicando o endereço de origem, o sistema identifica rotas compartilhadas e promove a interação dos usuários para reduzir o número de carros nas ruas.
Há 11 anos, a Santos Brasil adota a coleta seletiva, que recicla 90% do resíduo gerado em todas as suas unidades (Santos, São Paulo, Santa Catarina e Vila do Conde). A empresa também possui uma estação de tratamento de esgoto no Tecon Santos, que por meio de processos químicos removem as impurezas para poder devolver o efluente tratado para o Estuário de Santos.
A Companhia também é a primeira empresa do setor portuário a integrar a Plataforma Empresas pelo Clima (EPC) da Fundação Getúlio Vargas. O projeto visa prover apoio técnico e científico para empresas que buscam reduzir as emissões de gases de efeito estufa em suas operações e produtos, estimulando a economia de baixo carbono e a preocupação com as mudanças climáticas.
Da Redação
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