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Tecondi e ADM lideram estudo de eficiência

Os terminais portuários Tecondi e da ADM lideram o Ranking de Eficiência dos Portos Brasileiros de contêineres e granel sólido, respectivamente, elaborado pelo Coppead - instituto de pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com base em três parâmetros: eficiência, custo de movimentação e tempo de espera para o navio atracar. Foram analisados 37 terminais de contêineres e 53 de granéis sólidos a partir de dados disponíveis no site da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) relativos a 2007 e 2008. Tanto as áreas do Tecondi como da instalação da multinacional de agronegócio ADM são arrendadas e estão localizadas no porto de Santos.

"Atribuímos isso ao fato de termos investido de forma muito responsável e apostarmos em pessoas. A gente fala em equipe, em profissionais portuários, há mais de 10 anos. Sinceramente acho que essa é a razão de termos conseguido crescer dessa forma sustentável", diz a presidente do Tecondi, Agnes Barbeito de Vasconcellos.

O Tecondi é um terminal de contêineres de porte médio para os padrões de Santos, onde iniciou as operações em 2000 e desde quando investiu R$ 290 milhões. Em agosto concluiu o projeto de duplicação de capacidade, que saltou para 700 mil Teus (contêiner de 20 pés) anuais. O atual exercício deve fechar com recorde histórico de 370 mil Teus movimentados. O faturamento previsto também é inédito: R$ 300 milhões, 40% acima da base de 2009, combalida pela crise, e 10% sobre o resultado de 2008.

No próximo ano a empresa projeta investir o equivalente a R$ 34 milhões em equipamentos e softwares de gerenciamento. E crescer 20% em volume. "Nosso plano é consolidar a expansão. Temos notícia de que vai haver um rearranjo na área em que estamos (Saboó). Queremos maximizar a nossa produtividade no porto", diz Agnes, referindo-se ao interesse em participar de possíveis novas licitações de áreas vizinhas ocupadas por terminais cujos contratos estão prestes a expirar.

O terminal da ADM (iniciais de Archer Daniels Midland) em Santos é o típico caso em que o porto é apenas o elo da cadeia de abastecimento - que opera 24 horas por dia, sete dias por semana. Como a multinacional produz, processa e distribui a carga (commodities e fertilizantes), ela entende o transporte como estratégico para a geração de valor do seu negócio. "Cada caminhão tem sua descarga previamente agendada de acordo com a capacidade e disponibilidade de recebimento de nosso terminal. Nosso grande foco é garantir o fluxo de transporte apropriado para o porto, reduzindo substancialmente o tempo de descarga e garantindo que esse veículo deixe o porto assim que entregar a mercadoria", diz a empresa, por meio de nota.

A instalação, localizada no corredor de exportação do porto de Santos (batizado como Corex), consegue receber navios do tipo panamax que carregam até 80 mil toneladas. A capacidade atual de giro no terminal é de 6 milhões de toneladas por ano. A empresa não revelou detalhes de novos aportes nos próximos anos, mas pontuou que investir na infraestrutura portuária "é a chave para o sucesso e crescimento sustentável do agronegócio". Sobre a posição no ranking, destacou: "A ADM trabalha com conceito de que somente se consegue gerenciar aquilo que se consegue medir".

Os segundos colocados nos rankings são o Tecon Santos (contêineres) e Cargill (granel sólido), também localizados no porto de Santos, mas na margem esquerda (Guarujá). Ambos os rankings mostram a liderança dos terminais privados sobre as áreas públicas. Em 2007, entre os 10 primeiros terminais para carga conteinerizada oito eram operados pela iniciativa privada. Em 2008, todos eram. No caso dos granéis ocorreu o mesmo. Há três anos oito de 10 eram administrados pela iniciativa privada. No exercício seguinte, o número subiu para nove.

A Secretaria de Portos (SEP) foi procurada para comentar o estudo do Coppead, mas não retornou até o fechamento desta edição.

Fonte: Valor Econômico/Fernanda Pires | Para o Valor, de Santos

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