De olho no crescimento do mercado brasileiro por conta de programas como o Minha Casa, Minha Vida, pelas obras para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 e pelos investimentos nos setores de energia, petróleo e transportes, a americana Terex vai diversificar as linhas fabricadas no país. A ampliação do portfólio será "progressiva" a partir da inauguração da nova unidade industrial no Rio Grande do Sul, desta vez em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre, confirmou ontem o presidente da companhia para a América Latina, Jacob Thomas.
Até agora a Terex fabricava equipamentos para construção e manutenção de estradas na fábrica de Cachoeirinha, também na região metropolitana. A linha completa de produtos, porém, inclui ainda máquinas para construção como retroescavadeiras, carregadeiras e torres de iluminação, além de guindastes, plataformas e produtos para mineração. "Nosso plano para o Brasil é dispor de uma manufatura para múltiplos segmentos", reforçou o executivo.
De acordo com ele, o Brasil e outros países latino-americanos como Argentina, Chile e Peru, além da China e da Índia, estão crescendo "com muito mais força do que os Estados Unidos e a Europa ocidental". Para 2010 a previsão da companhia é obter receita líquida global de US$ 5 bilhões a US$ 5,4 bilhões, com alta de 4,2% a 12,5% sobre 2010, enquanto para a América Latina a projeção é de alta de 42,8%, para US$ 500 milhões.
O Rio Grande do Sul é a única base industrial da Terex na América Latina. A nova fábrica, que exigirá investimentos de R$ 150 milhões em cinco anos, começará a operar no segundo trimestre de 2012 e irá substituir gradualmente a unidade de Cachoeirinha para concentrar a produção com mais eficiência em um único local, explicou Thomas.
Fonte: Valor Econômico/Sérgio Ruck Bueno | De Porto Alegre
PUBLICIDADE