Licitações para quatro projetos básicos do terminal de passageiros devem ocorrer logo após as eleições
Com 90% da derrocagem do berço 103 do Porto do Mucuripe pronta e com o começo da dragagem marcado para o início de outubro próximo, a Companhia Docas do Ceará parte, agora, à licitação e seleção das empresas que irão realizar os projetos básicos do cais de atracação e do terminal de passageiros; do Eia-Rima (Estudos de Impactos Ambientais) e do EVTE (Estudo de Viabilidade Técnica e Financeira). Orçados em R$ 3,9 milhões, os quatro projetos vão à licitação logo após as eleições gerais.
"Os recursos (para os projetos básicos) já estão empenhados", garantiu ontem, o presidente da Companhia Docas, Paulo André Holanda. Já os recursos às obras do cais e do novo terminal, estimados em R$ 103 milhões, ainda não estão assegurados, mas previstos no PAC da Copa do Mundo de 2014.
O novo cais terá 350 metros de cumprimento e retro área de sete mil metros quadrados, sendo a metade construída na Praia Mansa. Na área, serão instalados o terminal de passageiros e um de múltiplo uso, para contêineres e cargas gerais. "O terminal de múltiplo uso é o que vai respaldar os investimentos no de passageiros", justificou Holanda, tendo em vista que o movimento no novo terminal não estará garantido apenas com o fluxo de transatlânticos.
Draga aguardada
Realizada pela última vez, em 2005, com aprofundamento de apenas 50 centímetros, e anunciada há, pelo menos, três anos, a dragagem do Porto do Mucuripe deve, enfim, ser iniciada em outubro próximo. Na próxima segunda-feira, chega a Fortaleza, proveniente de Santa Catarina, o navio draga Seaway, com capacidade para retirar, por vez, 13 mil metros cúbicos de areia. Juntamente com a draga Massey M, que hoje realiza a derrocagem do berço 103, a Seaway irá operar durante cinco meses, período em que André Holanda espera ver dragados seis milhões de metros cúbicos de terra do fundo do Porto.
"A dragagem vai aprofundar o porto de 10,5 metros para 14 metros de profundidade, o que vai permitir entrar navios pós panamax, com 305 metros de cumprimento e capacidade para 70 mil toneladas", aponta Holanda. Hoje, o Porto do Mucuripe só aceita navios com capacidade para dois mil teus, ou 35 mil toneladas, no máximo.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)/CARLOS EUGÊNIO
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