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Terminal Portuário do Pecém muda o distrito e a vida dos moradores

É possível que o casal Manoel de Brito e Rita de Brito não tenha a noção exata do impacto que a implantação do Terminal Portuário do Pecém causou à economia cearense. É fácil perceber, todavia, que os dois sabem detalhar com precisão as transformações pelas quais o distrito passou desde que foi escolhida para abrigar o empreendimento. Protagonistas de uma das diversas histórias de vidas alteradas após a chegada do porto, os dois hoje ainda guardam na lembrança a realidade que encontraram, no Pecém, antes da implantação do terminal portuário.

O casal chegou ao Pecém, vindo de Fortaleza, em 1982, recorda Raimunda de Brito. No mesmo ano, os dois abriram um pequeno comércio, que se transformou em restaurante pouco depois. À época, conta, a freguesia consistia principalmente em pescadores que atuavam na região. "Foi uma época sofrida, uma vida muito corrida, mas a gente se esforçou", comenta.

Expansão

A expansão do restaurante teve início com a chegada de visitantes que traziam equipamentos de mergulho e a promessa de uma transformação. Tratavam-se, explica, dos mergulhadores que trabalharam na análise das características do mar e do terreno da região, a qual já era imaginada como provável sede do empreendimento.

Após os mergulhadores, outros profissionais passaram a frequentar o Pecém. Pouco a pouco, os visitantes aumentavam e o restaurante se expandia, ao mesmo tempo em que a concretização do empreendimento no Pecém tornava-se uma certeza.

Assim como Manoel e Raimunda, dezenas de pessoas percebiam seus negócios ficarem cada vez mais rentáveis. O pequeno comércio que vendia cereais e produtos variados agora oferecia refeição durante o dia e apresentações de forró à noite. O distrito se desenvolvia e a esperança de enriquecimento atraia comerciantes e empreendedores.

Quando as obras começaram, o restaurante do casal tornou-se um dos principais estabelecimentos da cidade, atendendo a centenas de trabalhadores. O casal resolveu investir a renda extra e adquiriu duas pousadas, que hoje incrementam a rena mensal. "Foi uma transformação mesmo, graças a Deus e ao porto", resume Raimunda Brito.

Fonte: Diário do Nordeste (CE)/JOÃO MOURA






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