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Trabalhadores do Porto de Santos entram em greve contra demissões

Trabalhadores que atuam no Porto de Santos entraram em greve ontem, quinta-feira (1º), e fizeram protestos pela manhã contra demissões feitas pela empresa EcoPorto, complexo portuário do grupo EcoRodovias.

Cerca de 100 pessoas participaram das manifestações, convocadas pelo Sindicato dos Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Settaport)


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A companhia é responsável por cerca de 6% das movimentações de contêineres do porto. Em 2012, este percentual era de 16%.

O protesto, que chegou a bloquear o acesso ao Porto, durou até as 9h. Novas manifestações estão programadas para esta tarde em frente à Câmara dos vereadores aproximadamente.

Os trabalhadores protestam contra demissões feitas pela empresa nesta semana. Segundo Francisco Nogueira, presidente do sindicato, foram cerca de 210 entre os dias 29 e 30 de setembro.

Desde o início do ano, a empresa já havia demitido 400 funcionários de seu quadro de 1.200, afirma.

Nogueira diz que havia boatos sobre onda de demissões programada para novembro. Para tentar revertê-las, o sindicato programou uma assembleia geral para o dia 1º de outubro, em que buscaria alternativas.

Segundo ele, os trabalhadores estão dispostos a fazer concessões para manter o emprego, inclusive aceitando discutir férias coletivas ou reduções de salários. Ele diz que 70% dos profissionais suspenderam as atividades nesta quinta-feira.

O Settaport representa cerca de 12 mil trabalhadores que atuam no porto em atividades realizadas em terra.

Em nota, o Ecoporto Santos informa que suas atividades transcorrem normalmente, desde, aproximadamente, às 08h00 da manhã desta segunda-feira, sem impacto nas operações e sem haver, portanto, greve de funcionários.

Segundo o texto, antes de decidir pelas demissões, a empresa avaliou todas as alternativas para evitá-las. Diante da redução de volume de atividades do terminal, porém, decidiu por redimensionar o quadro de funcionários de operação portuária.

A companhia diz acreditar que esse cenário atual é reversível e por isto envida esforços para superar essa fase.

Fonte: Folha de São Paulo/FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO






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