O transporte aéreo de cargas no mundo apresentou queda de 3,4% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2018, informou hoje a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). A entidade reúne as 290 maiores companhias de aviação do mundo, que juntas respondem por 82% do tráfego aéreo mundial. Este foi o sétimo mês consecutivo de queda na demanda por frete aéreo.
A Iata apontou que o nível de queda foi menor em comparação com abril, quando foi registrada retração de 5,6%. A entidade considera que a pior fase ficou para trás, embora o mercado ainda permaneça fraco.
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A capacidade de frete, medida em toneladas de frete por quilômetro disponíveis (AFTK, na sigla em inglês), aumentou 1,3% em maio, em relação ao mesmo mês do ano passado.
O fator de carga (razão entre a carga média e a capacidade total de carga dos aviões) em 2018 encolheu 2,3 pontos percentuais, para 46,8%.
De acordo com a Iata, a demanda de carga aérea tem sofrido com o enfraquecimento do comércio internacional e as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
“O impacto da guerra comercial entre Estados Unidos e China no volume de frete aéreo foi claro em maio. É uma evidência do dano econômico que é causado quando as barreiras ao comércio são erguidas. Esforços para aliviar as tensões comerciais são bem-vindas. Mas mesmo que esses esforços sejam feitos no curto prazo, restaurar a confiança das empresas e o crescimento do comércio levará tempo. E podemos esperar que o ambiente empresarial continue difícil”, disse em nota Alexandre de Juniac, presidente da Iata.
Considerando a demanda de frete aéreo por região, apenas a África e a América Latina apresentaram crescimento em maio, de 8% e 2,7%, respectivamente. Na região Ásia Pacífico, houve queda de 6,4% na demanda por frete aéreo. Na América do Norte, houve queda de 1,6% em maio. No Oriente Médio, a retração chegou a 6,9%. Na Europa, a demanda por frete aéreo ficou praticamente estável, com variação negativa de 0,2% em maio.
Fonte: Valor