O volume de grãos transportados na malha ferroviária da região Oeste do Paraná até o Porto de Paranaguá mais que dobrou no primeiro semestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2019. O acréscimo foi de 128%, apesar dos efeitos da pandemia da Covid-19 que impacta diretamente em limitação de operações e redução da demanda.
Um dos fatores preponderantes é a parceria desenvolvida pelo Governo do Estado, através da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. (Ferroeste), estatal que opera a malha ferroviária entre Cascavel a Guarapuava, e a empresa Rumo Logística, que movimenta as cargas de Guarapuava para Paranaguá.
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Assinado em fevereiro de 2020, o Contrato de Operação Específico tem como objetivo ampliar a capacidade de escoamento da safra da região Oeste pelo ramal ferroviário. Nestes primeiros seis meses, o volume de grãos saltou de 133,2 milhões de toneladas úteis (MTU) para 303 milhões de toneladas.
“O Governo do Estado está propiciando ao setor produtivo do Oeste toda a infraestrutura necessária para dar mais celeridade no escoamento, principalmente de grãos, até o Porto de Paranaguá. Este acordo com a Rumo foi uma decisão meramente administrativa, sem custos para o Estado. Seis meses depois estamos colhendo os resultados, apesar da pandemia. Os números devem melhorar ainda mais”, comemorou o governador Carlos Massa Ratinho Júnior.
RESULTADO – Os resultados deste primeiro semestre foram apresentados pelos diretores da Rumo durante uma videoconferência com o chefe da Casa Civil, Guto Silva, e o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex. Além do aumento de 128% no volume de grãos, também se destaca o acréscimo de 32% no transporte de fertilizante e de 31% de cimento. O volume total transportado do Oeste até Paranaguá foi 55% maior que no primeiro semestre de 2019 – subiu de 385,8 milhões de toneladas para 598,1.
EFICIÊNCIA - Durante a videoconferência, Guto Silva apresentou as perspectivas da nova Ferroeste para o futuro. “Da nossa parte, do Governo do Estado, expusemos aos diretores da Rumo todos os esforços que estamos demandando para dar ainda mais eficiência à Ferroeste, entre eles, a parceira com o Governo Federal, que recentemente a qualificou no Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) , o que deve acelerar o processo de desestatização”, disse.
A expectativa, acrescentou Silva, é colocar a Ferroeste em leilão na B3 até o final de 2021, já com o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) concluídos.
TEMPO DE ENTREGA – Outro resultado apresentado foi o tempo para transportar as cargas da região Oeste até o Porto de Paranaguá. Este prazo, que já foi de 16 dias e meio, hoje é de nove e meio e o objetivo é baixar para oito dias.
“Esse é o objetivo do Governo do Estado e da Rumo. Mesmo num cenário adverso por causa da pandemia, os resultados estão sendo alcançados. A minha avaliação é extremamente positiva. É um compromisso do governador Ratinho Júnior em dar mais velocidade na logística a um custo razoável e num menor tempo para que a região Oeste tenha mais competitividade no escoamento da safra”, avaliou Sandro Alex.
BONS RESULTADOS – A Ferroeste vem colhendo uma série de bons resultados desde o início da gestão Ratinho Júnior. No primeiro quadrimestre de 2020 a estatal registrou ampliação da capacidade de escoamento da safra de grãos e de produtos industrializados que resultou no lucro de R$ 1,66 milhão. O crescimento foi de 180% em relação aos quatro primeiros meses do ano passado. Foi o maior resultado da história da empresa para o período, alcançado mesmo durante a pandemia do novo coronavírus.
RECORDE – Em abril, a Ferroeste bateu recorde de movimentação do volume transportado da região Oeste. Foi o mês com a maior movimentação da história da companhia, chegando a 160 mil toneladas transportadas – o melhor resultado tinha sido alcançado em abril de 2019, com 115 mil toneladas.
EFICIÊNCIA NA GESTÃO – Os bons índices do primeiro quadrimestre sucedem o resultado de 2019, primeiro ano fechado em que a Ferroeste deu lucro. Desde 1996, ano em que a operação começou, os resultados financeiros da empresa eram negativos. A companhia teve lucro operacional de R$ 453 mil (expurgada as depreciações), faturamento bruto na casa dos R$ 30,5 milhões e mais de 1,1 milhão de toneladas de produtos transportados na malha ferroviária que liga Cascavel a Guarapuava.
NOVA FERROVIA – A perspectiva é de um novo traçado com até 1.371 quilômetros de extensão de uma nova ferrovia entre Maracaju (MS) e Cascavel (PR), com a integração do trecho intermodal Foz do Iguaçu-Cascavel.
A programação contempla linhas Cascavel-Guarapuava-Litoral, cobrindo uma região estratégica para o País e o continente. A ligação terá 1.000 quilômetros. A ideia é que 50 milhões de toneladas de cargas, entre exportações e importações, sejam transportadas por este ramal. Essa modelagem já está em fase de EVTEA. O estudo foi contratado em 2019 pelo Governo do Estado.
Fonte: AEN