Ao menos três mil novos estivadores fizeram cadastro no sindicato que representa a categoria para trabalhar nos terminais do Porto de Santos, no litoral de São Paulo. A entidade quer que os novos trabalhadores portuários também passem a ser escalados no Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) do cais.
Segundo o presidente do Sindicato dos Estivadores (Sindestiva), Rodnei Oliveira da Silva, as vagas começaram a ser preenchidas em setembro de 2017. Ao todo, a entidade possui aproximadamente sete mil trabalhadores na ativa, que prestam serviço nas instalações nas duas margens do complexo portuário.
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"Nossa iniciativa pode não diminuir o desemprego no país, mas apresenta uma possibilidade e uma expectativa de vida a milhares de pessoas dessas famílias", declarou o sindicalista. A última vez que o sindicato abriu vagas à categoria foi em 1991, quando sete mil oportunidades foram disponibilizadas.
Dos novos, 408 já trabalharam por meio de um acordo direto com um terminal privado no cais, localizado em Cubatão. O objetivo do Sindestiva é convencer as entidades patronais para que eles sejam cadastrados também no Ogmo e, assim, possam participar do sistema de escalação de avulsos no porto.
Silva explica que a campanha salarial da categoria, que é negociada com o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), também pede o cadastro dos novos estivadores. "Eles já fazem parte do quadro. Eles serão convocados para as assembleias e demais atividades da luta".
O G1 apurou, entretanto, que o Sopesp não faz parte dessa negociação. O Ogmo informou que desconhece a solicitação para inclusão de três mil novos estivadores no cadastro do órgão, que atualmente possui 2.305 trabalhadores registrados e outros 886 para eventual necessidade extra.
"Considerando as requisições dos últimos 12 meses, seriam necessários 1.073 estivadores registrados e 322 cadastrados no sistema para atender as 22 requisições mensais, portanto, não cabe a esta instituição a abertura de vagas para o cadastro", informou o Ogmo, por meio de nota.
Fonte: G1