SÃO PAULO - A Usiminas tem conversado frequentemente com a MMX sobre o atraso da entrada em operação do Porto Sudeste, de propriedade da mineradora do empresário Eike Batista, disse, nesta última sexta-feira, 26, o diretor executivo da Mineração Usiminas, Wilfred Bruijn. "Estamos acompanhando de perto a evolução física do porto, que é de fundamental importância para a Usiminas", disse o executivo durante teleconferência com analistas e investidores do mercado financeiro, para comentar os resultados da empresa no terceiro trimestre do ano.
Bruijn ressaltou que as discussões acontecem em várias frentes, inclusive o que pode ser feito para mitigar o impacto do atraso do porto na capacidade de exportação da Usiminas. "Estamos nos entendendo", limitou-se a dizer. A diretoria da Usiminas admitiu que o contrato prevê multas, mas os executivos da siderúrgica afirmaram que as empresas preferem discutir a questão amigavelmente.
Sinergias
Questionados sobre sinergias e benefícios de uma potencial fusão entre as duas empresas, executivos da Usiminas afirmaram que não há estudos ou alternativas em andamento nesse sentido, mas ressaltaram que há sinergias operacionais sim.
Para o diretor executivo da Mineração Usiminas a empresa também tem sinergias com outras companhias da região de Serra Azul, onde tem suas reservas e já vem explorando isso. "Temos alguns acordos de lavra conjunta onde ambas as empresas podem obter maior volume de lavra", lembrou.
O executivo detalhou ainda que podem haver sinergias no compartilhamento de barragens e em uma área vizinha ao porto de Itaguaí que a empresa possui. "Vislumbramos várias possibilidades de sinergia, tanto com a MMX, quanto com outras empresas", afirmou.
BETH MOREIRA - Agencia Estado
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