A primeira usina de ondas do País, a ser instalada no Pecém, deve começar a operar até o fim do ano. A projeção, do coordenador do Energia e Comunicações da Secretaria de Infraestrutura do Ceará (Seinfra), Renato Rolim, é dada diante do andamento das obras de preparação da área de 200 metros quadrados no quebra-mar do Terminal de Múltiplas Utilidades do Pecém (TMUT) para abrigar a usina-piloto de produção de energia elétrica a partir das ondas do mar.
Para isso, está sendo feito um "engordamento" de uma área na parte leste do quebra-mar que receberá as estacas nas quais serão montadas as pás da usina. A obra deve ficar pronta em junho próximo, segundo Rolim. "Atualmente, o projeto passa pela fase de aquisição e contratação de empresas que vão fabricar os materiais", explica. "A partir de julho, deve começar a implantação da usina". O investimento no equipamento é de cerca de R$ 12 milhões, sendo R$ 1 milhão de contrapartida do Governo do Estado (em parceria com a Universidade Federal do Ceará) e R$ 11 milhões da Aneel, oriundos do item Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologias da Tractebel, a serem investidos na fabricação, instalação e monitoramento das duas células da Usina de Ondas e de mais um braço para o dessalinizador. A detentora do projeto é a Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Participam também a Seinfra, Cearaportos e a multinacional Tractbel. O equipamento também acoplará um protótipo de uma usina de dessalinização de água do mar.
A previsão da Seinfra é de que o protótipo funcione por três anos para avaliação da tecnologia que aproveita a regularidade dos ventos e frequência das ondas do mar para a produção de energia elétrica. A produção de 100 kW é o equivalente ao consumo de 60 casas do padrão médio de consumo de energia elétrica no Estado e, mesmo em fase de pesquisa gerará, energia suficiente para ser aproveitada para ser aproveita pelas instalações do Porto do Pecém. "O projeto é pioneiro no País", afirmou Rolim. O projeto busca dinamizar a matriz energética cearense.
Uma das vantagens da usina de ondas é o baixo impacto ambiental, pois se trata de uma fonte limpa de energia e não necessita represar a água.(Fonte: Diário do Nordeste(CE)
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