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USP pesquisará como proteger Santos do aumento das ressacas

Nos próximos seis meses, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) vão estudar as ações necessárias para minimizar os efeitos das ressacas que atingem a Ponta da Praia, em Santos. Isso será possível graças à assinatura de um aditivo no contrato que a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) mantém com a instituição de ensino. A construção, na Cidade, de um novo modelo físico reduzido do Estuário de Santos, com as instalações do Porto, também está prevista para ocorrer neste período.

Essas medidas foram anunciadas pelo diretor-presidente da Companhia Docas, José Alex Oliva, nesta quarta-feira (23), durante o lançamento do projeto Por Dentro do Porto 2017, da TV Tribuna, na sede da emissora, no Centro de Santos. Segundo ele, o aditivo foi assinado na tarde da última terça-feira.


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Há 11 meses, a Codesp decidiu contratar a USP para analisar, por dois anos, os efeitos da dragagem na região e, ainda, os impactos de uma eventual restrição no alargamento do canal de navegação às operações portuárias. Essa limitação foi proposta pelo Ministério Público Federal, que aponta a obra como a principal causa da erosão nas praias de Santos.

Os professores da universidade já apresentaram um primeiro relatório, com conclusões iniciais. O texto, em análise na Autoridade Portuária, destaca que a restrição do alargamento trará prejuízos às operações e poderá causar a falência do complexo marítimo.

Conforme um dos pesquisadores da USP, o professor Paolo Alfredini, apenas 4% da erosão na Ponta da Praia é causada pela dragagem. Os outros 96% se referem à urbanização da Cidade e às mudanças climáticas globais.

A equipe da universidade ainda continuará nessas pesquisas e, agora, passará também a analisar como reduzir os efeitos das ressacas, cada vez mais frequentes, na região. De acordo com Oliva, a estatal incluiu esse tema no contrato com a instituição de ensino a partir de um pedido da Prefeitura de Santos. A Docas custeará a nova pesquisa. Mas o executivo não revelou quanto será investido nesta tarefa.

“Não tem como evitar a maré. Não tem como evitar ondas maiores com o aumento do nível do mar. O que precisa fazer para minimizar esses efeitos? É isso que o estudo vai identificar. Podem propor ações em termos de obras hidráulicas, engordamento de praias ou outras opções”, destacou o diretor-presidente da Codesp, José Alex Oliva.

O professor Alfredini já defendeu a construção de molhes guias-correntes, uma espécie de quebra-mar implantado a partir do calçadão da Ponta da Praia. A estrutura protegeria a faixa de areia nas praias da região das correntes marítimas, reduzindo a erosão. Para o especialista, esta também pode ser uma maneira de conter as ressacas, além de reduzir o assoreamento no Trecho 1 do canal de navegação, que vai da entrada da Barra até o Entreposto de Pesca. Este é o trecho onde há maior registro de deposição de sedimentos, principalmente no período de inverno, de abril a novembro, quando as ressacas são mais constantes,

Modelo físico do Porto

O aditivo contratual ainda prevê que os pesquisadores da USP vão implantar, em um imóvel da Docas, um novo modelo físico do Porto em escala reduzida. O plano é que ele se torne um centro de pesquisas.

Segundo Oliva, para a construção de um modelo em escala do complexo marítimo, serão necessários cerca de 2,5 mil metros quadrados. A expectativa é de que um dos armazéns desativados do cais santista seja utilizado para o empreendimento. O local ainda não foi escolhido. “O primeiro (armazém) que tínhamos definido tem muitos pilares e, na hora de fazer o modelo, esses pilares iriam interferir na geometria do modelo. Por isso, ainda vamos estudar com o pessoal e vamos definir o melhor local”, destacou o diretor-presidente da Codesp.

Fonte: Tribuna online/FERNANDA BALBINO






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