O Píer IV, de acordo com a Vale, vai elevar a capacidade do terminal para 150 milhões de toneladas e será capaz de receber e carregar dois navios simultaneamente. Voltado para embarcações de grande porte, o píer será destinado a navios entre 150 mil e 400 mil toneladas. O porto será uma alternativa aos portos do Rio Grande, Paranaguá e Santos.
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Inaugurado em 1986, o TPPM conta com três píeres. O Píer I tem calado de 23 metros e comprimento equivalente de berço de 330 metros, e consegue receber navios de grande porte. Já o Píer II tem 18 metros de calado e 280 metros de comprimento e é destinado a produtos como soja, ferro-gusa e concentrado de cobre. O Píer III possui dois berços contínuos de atracação, com comprimento total de 694 metros, e tem como prioridade a atracação simultânea de dois navios de menor porte. Tanto o Píer I quanto o Píer III movimentam minério de ferro, pelotas e manganês. No ano passado, o TPPM movimentou 99,1 milhões de toneladas de minério e carga geral. Já em 2009, a movimentação de carga foi de 91,7 milhões de tonelada.
Inteligência artificial. A Vale desenvolveu no TPPM um sistema de inteligência artificial que permite operar, de forma remota, as máquinas empilhadeiras e recuperadoras usadas para transferir o minério do pátio até o navio. O sistema, diz a companhia, possibilita o comando a distância das máquinas a partir do Centro de Controle e Operações do Porto. Além disso, o porto da Vale já trabalha com modelos matemáticos avançados que simulam o comportamento de atracação dos navios nos píeres, prevendo, por exemplo, a velocidade dos ventos e as correntes.
Um modelo reduzido do terminal portuário é mantido na sede da Universidade de São Paulo (USP). No local, acontecem as simulações de correntes marítimas e marés e seus efeitos sobre os navios em manobras e atracados nos píeres, além de permitir simular as manobras de atracação e desatracação dos navios. No modelo reduzido também são realizados treinamentos da equipe técnica do porto, além de permitir aos práticos e à Marinha avaliar a viabilidade das manobras dos navios.