A ferrovia Norte-Sul, que atravessará o Brasil, ligando Barcarena, no Pará, ao porto gaúcho de Rio Grande, já tem o traçado dentro do Estado definido pela Valec Engenharia, Construções e Ferrovias. A empresa pública, vinculada ao Ministério dos Transportes, está concluindo o estudo técnico sobre o trajeto e agora o assunto será submetido ao próprio ministério. Mas, de acordo com o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), o trecho proposto não deve ser alterado.
A ferrovia cortará as regiões Noroeste e Central do Rio Grande do Sul até chegar ao porto rio-grandino. Entre os municípios pelos quais passará a linha, estão Frederico Westphalen, Palmeiras das Missões, Cruz Alta e Pelotas. Goergen cita ainda como cidades abrangidas Caiçara, Iraí, Seberi, Boa Vista das Missões e Santa Maria.
Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio, a assessoria de imprensa da Valec informou que "os estudos referentes ao Evtea (Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental) estão em fase de relatório preliminar com previsão de entrega do relatório final em junho".
Goergen reuniu-se ontem com integrantes da Valec para tratar da ferrovia Norte-Sul. O parlamentar adianta que o próximo passo da iniciativa será a realização do projeto executivo (que deve estimar o custo do empreendimento) e a licitação da obra, o que tem previsão de levar mais cerca de 18 meses. No entanto, o deputado defende que, com o apoio do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), que engloba os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, é possível agilizar o processo. A sugestão de Goergen é que o projeto seja colocado dentro do plano de concessões do governo federal.
O deputado ressalta que, inicialmente, a ferrovia deverá escoar cargas agrícolas e industriais. Contudo, futuramente, o parlamentar não descarta a possibilidade da realização do transporte de passageiros pelo modal. Goergen enfatiza ainda que a ferrovia beneficiará intensamente o porto do Rio Grande, pois permitirá ao complexo atrair cargas de diversas regiões do País.
Fonte: Jornal do Commercio (POA)/Jefferson Klein
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