são paulo - Há apenas dois anos no mercado, a Veloce Logística, braço de negócios do Pátria Investimentos voltado a operações de transporte de cargas internacionais para os setores automobilístico e de bens de consumo, tem comemorado excelentes resultados e deve fechar o ano com um faturamento até 20% superior ao do ano passado, que foi estimado em cerca de R$ 140 milhões. Além disso, a perspectiva de Paulo Guedes, presidente da Veloce, é de ampliar a atuação da companhia, assunto que está sendo analisado com atenção pela empresa, que está de olho em áreas como a de eletroeletrônicos, entre outras.
Categórico, Paulo Guedes afirma que a economia está acelerada, e tudo indica que este ano a empresa deverá chegar ao final deste ano com receita de R$ 160 milhões, devido ao crescimento do mercado de entrega programada. "O Brasil, de acordo com dados do Banco Mundial, tem gastos com o setor de logística equivalentes a de 12% a 13% do Produto Interno Bruto (PIB), ao ano. Uma parte da movimentação é feita por conta própria nas empresas, porém a parte terceirizada é substancial - justamente a do papel do operador logístico."
Segundo ele, a empresa foi criada em agosto de 2009, e atualmente a Veloce Logística conta com 15 unidades operacionais no Brasil e na Argentina. Entre seus clientes estão montadoras, como a General Motors (GM) - que lhe premiou como Melhor Operadora Logística no Brasil e na Argentina -, além de Toyota, Fiat, Honda, Renault. Há, ainda, clientes de peso, como os fabricantes de bens de consumo Bimbo, Unilever, Sancor, Nívea e Procter & Gamble. "Fazemos a coleta de cerca de 3 mil peças por mês para levar peças para a GM na Argentina. Isso significa, por exemplo, mais ou menos 450 viagens de caminhão", afirma o presidente da empresa. Ele comenta, porém, que o serviço é abrangente, pois além do transporte da carga a Veloce também fica responsável por cuidar de questões como a da reembalagem, além de toda a documentação internacional.
Setor
Apesar de a empresa estar em plena ascensão, ao ser questionado sobre um possível apagão logístico no mercado brasileiro, o executivo da Veloce comenta que existe, sim, preocupação com relação a questões como a infraestrutura, devido a inúmeras estradas terem dificuldades, principalmente porque a malha rodoviária vem crescendo a galope nos últimos anos. "Vemos a capacidade esgotada no maior complexo portuário do País, o Porto de Santos. E também no de Paranaguá, em época de escoamento de soja. Os aeroportos também têm problemas, pois há casos de espera de até 90 minutos para se pegar uma mala no desembarque", afirmou.
Outro problema, continua o presidente da Veloce, diz respeito às condições econômicas. "É preciso ver com atenção as questões no Japão, nos EUA, na China. No Brasil, a taxa de juros inibe o consumo, a inflação precisa ser controlada, mas por enquanto temos bastante reservas e estamos protegidos", estima.
Com cerca de 500 funcionários e 475 carretas, a Veloce atua em todos os elos da cadeia logística: armazenagem, coleta programada, distribuição, transporte nacional e internacional, transporte interplantas e documentação. Já em seu primeiro ano de atuação, a Veloce obteve um crescimento 15% acima do estimado e foi finalista do prêmio REI, outorgado pela Revista Automotive Business aos melhores operadores logísticos do ramo automotivo.
Além disso, a empresa promoveu, no mês passado, um evento para premiar os principais fornecedores com relação à sustentabilidade, com o Prêmio Destaq.
Concorrência
Ainda no transporte de cargas, outra região que tem atraído a atenção de modo relevante para as empresas internacionais de logística é Santa Catarina, tanto que o Porto de Itajaí recebeu, no fim de julho, a visita de uma delegação de executivos e clientes da Hellmann Worldwide Logistics, empresa global do segmento de logística que está montando uma unidade de negócios na região.
A empresa já opera no Porto de Itajaí, denominada Hellmann do Brasil, sendo o braço da multinacional formado por cinco escritórios próprios, apenas três dos quais estão fora de São Paulo: Rio, Curitiba e Itajaí. No Brasil, a empresa tem soluções em transportes internacionais, especializada no setor automobilístico. A infraestrutura do Complexo Portuário do Itajaí, aliada à sua localização estratégica, foi fundamental para que a Hellmann optasse pela cidade, dizem especialistas.
Na área de equipamentos e serviços para a indústria offshore de petróleo e gás natural, a novidade é com a OSX Brasil, que planeja ter o maior estaleiro das Américas em parceria com a sócia Hyundai Heavy Industries, em São João da Barra, no Rio de Janeiro, de olho no atendimento a potenciais demandas adicionais de novos clientes do setor de óleo e gás que atuam no Brasil.
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Fonte: DCI/Camila Abud
http://www.dci.com.br/Veloce-deve-faturar-R$-160-mi-com-a-coleta-programada-9-383718.html