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Vendas menores elevam prejuízo da Kepler Weber

De Porto Alegre - A demora no lançamento da terceira versão do Programa de Sustentação de Investimento (PSI) do BNDES, no início do ano, afetou o desempenho da Kepler Weber no primeiro trimestre.

Com a indefinição, clientes da fabricante de silos e equipamentos para armazenagem de grãos adiaram o recebimento das encomendas e a empresa registrou queda de 17% na receita líquida em relação ao mesmo período de 2010, para R$ 60,7 milhões, enquanto o prejuízo cresceu de R$ 2,2 milhões para R$ 3,2 milhões.

Mesmo assim, segundo Nolci Santos, diretor financeiro, o volume total de vendas cresceu 84%, para R$ 116,9 milhões, e deve se converter em receita e resultado ao longo do segundo e do terceiro trimestre. Depois do encerramento, em janeiro, da linha PSI 2, que operava com juros de 5,5% ao ano, os financiamentos pelo PSI 3 começaram a ser liberados em março, com juros próximos de 9% ao ano.

A queda nas exportações no primeiro trimestre foi um pouco maior, influenciada ainda pela valorização do real. A retração foi de 22,3% no período, para R$ 12,9 milhões. O lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) recuou de R$ 7,3 milhões para R$ 1,2 milhão. Já a produção física de janeiro a março caiu 7%, para 8,8 mil toneladas de aço processado nas fábricas de Panambi (RS) e Campo Grande (MS).

Anastácio Fernandes Filho, diretor-presidente, disse que a Kepler segue estudando a implantação de uma base industrial no Leste europeu. A intenção de iniciar o processo de internacionalização da produção foi anunciado em novembro de 2010 e os estudos incluem a possibilidade de uma associação com um fabricante local. "O projeto faz parte das nossas prioridades, mas o 'timing' depende das oportunidades", explicou o executivo.

Em novembro Fernandes Filho revelou que a ida para a Europa tem a ver com a sazonalidade dos negócios. Enquanto no Brasil, na América do Sul e no Sul da África as vendas são mais fortes no segundo semestre, quando as lavouras são cultivadas e os agricultores, cooperativas e tradings encomendam os silos para a colheita seguinte, no norte o ciclo agrícola é invertido e as vendas também.

(Fonte: Valor Econômico/SB)


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