De São Paulo - A Vetria Mineração, controlada pela América Latina Logística (ALL), deve decidir em até 20 dias se vai ou não comprar os ativos da MMX em Corumbá (MS). As negociações envolvem 100% da MMX Corumbá Mineração.
Conforme apurou o Valor, o interesse da Vetria nos ativos da MMX da região não é criar mais reserva de minério, mas produzir mais com a infraestrutura que já será desenvolvida para transportar cargas próprias.
Segundo fontes do mercado, a Vetria vai fazer as contas para avaliar se os ativos valem a pena. Mas, a priori, o mercado já analisa que ter mais ativos em Corumbá seria algo positivo para a companhia por potencializar sua produtividade.
Somente para transportar as cargas já atualmente no seu portfólio, a Vetria estima ter de fazer investimentos que somarão R$ 11,5 bilhões. Isso inclui aportes na mina, na ferrovia, na compra de vagões e locomotivas e na construção de um terminal portuário para o escoamento do minério de ferro.
A ferrovia atualmente já transporta o minério de Corumbá para Santos, mas ela será remodelada para transportar o volume previsto no projeto. Serão trocados os trilhos e dormentes, ampliados 85 pátios e outras obras. Já o terminal portuário da Vetria terá capacidade estática de 1,6 milhões de toneladas.
No começo, a Vetria vai produzir um milhão de toneladas ao ano. A plena capacidade está prevista para 2016. A empresa tem como acionistas, além da ALL com 50,4%, a Triunfo (com 15,8%) e a Vetorial Participações (com 33,8%).
O projeto da MMX em Corumbá produziu no último ano 1,4 milhão de toneladas de minério de ferro. O escoamento da produção é feito por barcaças, carregadas no Porto de Ladário, a cerca de 20 quilômetros da mina da MMX. O carregamento segue por rios até a Argentina, de onde o minério é embarcado em navios exortadores para, principalmente, Europa e China. Em Corumbá, a MMX produz, principalmente, o minério do tipo Lump, que é transformado em ferro-gusa. (FP)
Fonte: Valor Econômico.
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