O estado de São Paulo, o maior parque fabril do país, vem perdendo espaço. A participação das empresas paulistas, que respondem por 31,3% de tudo o que é produzido no país, recuou 7,7 pontos percentuais, a maior queda apurada em todos as unidades da federação.
Já a contribuição das indústrias do Rio de Janeiro para o Produto Interno Bruto (PIB) industrial aumentou 2,5 pontos percentuais na década de 2001 a 2011. Do total da produção industrial brasileira, 12,5% vêm do Rio de Janeiro.
Os números foram divulgados, nesta quinta-feira, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Uma das conclusões é que a disseminação da contribuição dos estados na produção nacional mostra que há desconcentração da indústria no Brasil. Segundo o estudo inédito, denominado Perfil da Indústria nos Estados, nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste se registra o maior nível de expansão.
"Os dados mostram que, nos últimos dez anos, tem havido aumento da industrialização fora de São Paulo. A desconcentração industrial é positiva, porque leva desenvolvimento para outros estados do país. Mais indústrias significam mais empregos de maior qualidade, salários mais elevados e distribuição de renda", disse o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.
Segundo ele, o fato de a pesquisa ter como data limite de comparação o ano de 2011 não a torna obsoleta. Uma mudança estrutural é bastante lenta e o cenário da época não é muito diferente do quadro atual. "A mudança industrial caminha como um jabuti e a tendência de a indústria vir piorando já vem há dez, 20 anos", afirmou.
Fonte: Jornal do Commercio (POA)
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