A defasagem nos preços dos combustíveis, causada pelo atraso na autorização do governo para reajustes, provoca perda mensal de R$ 1,8 bilhão à área de abastecimento da Petrobras.
Esse é um valor aproximado. A conta tem como base os R$ 21,7 bilhões acumulados em prejuízo por essa divisão da petroleira nos 12 meses encerrados em setembro. Mantida essa média, a Petrobras deve acumular perda de mais R$ 7,2 bilhões de outubro a janeiro, cifra que se compara aos R$ 45 bilhões levantados em caixa na capitalização de 2010.
A sangria no resultado e no caixa da estatal, que tem importado gasolina e diesel por um preço maior do que vende, tem tudo para começar a diminuir, mas não acabar. Até o Banco Central conta, agora formalmente, com um reajuste da gasolina neste ano. A previsão, que consta da ata do Copom divulgada ontem, é de um aumento tímido, de apenas 5%.
Confirmado, o reajuste de 5% ficaria aquém do necessário para a Petrobras equilibrar as contas. E sua necessidade de caixa deve ser ainda mais pressionada pela retomada das licitações de áreas de exploração de petróleo. Para participar, a estatal terá desembolsos de caixa, seja em bônus de assinatura ou em investimentos em exploração.
Fonte: Valor Econômico/Fernando Torres | De São Paulo
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