Diante da desaceleração da economia e da perspectiva de atividade industrial fraca, a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) reduziu a previsão para o déficit comercial do setor em 2014. Agora, a expectativa é a de saldo negativo de US$ 31,5 bilhões, frente à perspectiva anterior de déficit "com pequeno desvio" em relação ao recorde de US$ 32 bilhões negativos registrado em 2013.
"O delicado momento econômico que vivem alguns dos principais parceiros comerciais brasileiros, notadamente a Argentina, e as perspectivas de fracos resultados do setor industrial em 2014 são fatores que nos permitem reavaliar o montante do déficit em produtos químicos, o qual passa a ser estimado até o fim do ano em US$ 31,5 bilhões", afirmou a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo.
De acordo com o Relatório de Estatísticas de Comércio Exterior (Rece), as importações brasileiras de produtos químicos totalizaram US$ 4,4 bilhões em julho, com alta de 7,6% na comparação anual e de 18,4% frente a junho. As exportações, por sua vez, somaram US$ 1,5 bilhão, com expansão de 17,7% frente a julho de 2013 e de 24,5% em relação ao mês anterior.
Com esse desempenho, no acumulado de janeiro a julho, as compras externas de produtos químicos alcançaram US$ 25,5 bilhões, 2,2% abaixo do registrado no mesmo intervalo de 2013 - em volume, porém, houve alta de 7,8%, para 21,9 milhões de toneladas.
Já as exportações, que somaram US$ 8,3 bilhões nos sete primeiros meses do ano, ficaram praticamente estáveis, com crescimento de 0,2% na mesma base de comparação. Diante disso, o déficit comercial da indústria química ficou em US$ 17,2 bilhões no ano até julho, com recuo de 3,4%. Em 12 meses até o mês passado, o saldo é negativo em US$ 31,4 bilhões.
(Fonte: Valor Econômico/Stella Fontes | De São Paulo)
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