SÃO PAULO - As ações de siderúrgicas ampliaram as perdas no pregão desta terça-feira após os distribuidores de aços planos no Brasil, responsáveis por um terço da comercialização desse tipo de produto no mercado interno, reduzirem sua projeção de crescimento das vendas de 4% para 1% neste ano.
As ações preferenciais da Usiminas encerram o dia na segunda maior desvalorização do Ibovespa, com recuo de 2,17%, para R$ 8,12. As ações ordinárias fecharam em queda de 1,22%, para R$ 7,28.
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Pelo modelo de análise do Goldman Sachs para a Usiminas, os preços de aço plano tendem a cair 3% no terceiro trimestre e 2% no quarto trimestre.
No setor siderúrgico brasileiro, a Gerdau é menos afetada pela queda de vendas internas por sua presença nos Estados Unidos, que oferece chances de melhora de demanda e rentabilidade no exterior. As ações preferenciais da Gerdau registraram desvalorização de 0,83%, para R$ 13,17, na mínima do dia.
Os papéis da Gerdau Metalúrgica, que chegaram a subir 0,7% na máxima do dia, encerram o pregão na quarta maior desvalorização do principal índice da bolsa brasileira, a R$ 16,17.
A CSN também pode sofrer os efeitos da queda de vendas e ter de ceder descontos de preços, diz o Goldman. As ações da siderúrgica caíram 1,2% nesta terça-feira, a R$ 11,56.
Segundo o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), as vendas de aços planos no Brasil atingiram 321,2 mil toneladas em junho, com recuo de 7,6% em relação a um ano antes e baixa de 12,8% ante maio.
Os números apresentados hoje indicam que a competição com os produtos internacionais aumentou e os estoques de aço avançaram em junho, na comparação com igual período de 2013.
Fonte: Valor Econômico/Tatiane Bortolozi e Renato Rostás