Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) indicou que quase um terço da população ocupada na região Centro-Oeste no ano passado estava empregada em alguma atividade relacionada ao agronegócio.
Do total de postos de trabalho formais e informais na região, 27,51% (1,7 milhão) estava relacionada ao setor. E, do total da massa de rendimentos gerada pelo trabalho no ano passado na região, 27,66% corresponderam ao agronegócio.
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O Estado do Centro-Oeste em que o agronegócio mais emprega é Mato Grosso, onde 33,68% dos postos de trabalho estavam relacionadas ao setor em 2018. Em Mato Grosso do Sul, o percentual ficou em 30,55%, e em Goiás, em 23,6%. O Distrito Federal não foi considerado no levantamento.
De 2012 até 2018, o número de pessoas empregadas no setor no Centro-Oeste evoluiu 11,2%. Esse crescimento, segundo o Cepea, contou com contribuição expressiva da pecuária e de toda a cadeia processadora de proteína animal e subprodutos (abate, laticínios e couro).
Os pesquisadores do Cepea afirmaram que, do total de rendimentos gerados em 2018, apenas uma parcela foi gasta com bens e serviços produzidos por atividades relacionadas ao agronegócio, como alimentos, fibras e energia. O restante foi dispendido em outros fatores essenciais, como habitação, serviços de saúde e educação, transporte e aquisição de bens duráveis.
“O agronegócio contribui significativamente para o dinamismo do Centro-Oeste, gerando renda e, consequentemente, demanda não só para seus produtos, como também para bens e serviços ofertados por outros setores da economia”, concluiu o Cepea, em nota.
Fonte: Valor