O governo brasileiro anunciou a conclusão da negociação com os Estados Unidos para liberação do comércio de carne bovina in natura entre os dois mercados. O acordo foi decidido, nessa quinta-feira (28), em Washington, durante o IX Comitê Consultivo Agrícola (CCA) dos dois países. A expectativa é que os embarques comecem em 90 dias, após a finalização dos trâmites administrativos.
A assinatura de protocolos sanitários e fitossanitários encerra uma negociação que teve início em 1999. A expectativa é de que essa abertura comercial incremente as exportações brasileiras em US$ 900 milhões.
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O Brasil já vende carne bovina industrializada para os EUA e, no ano passado, elas somaram US$ 286,8 milhões. Com o fim dessa negociação na carne fresca e congelada, os frigoríficos brasileiros, juntos, terão uma cota de até 64,8 mil toneladas por ano.
Para batê-la, o Brasil terá também de derrubar os concorrentes que estão dentro dessa mesma cota. Como contrapartida, os Estados Unidos poderão vender a sua proteína para consumidores brasileiros.
Importância do acordo
Além dos ganhos financeiros de um acordo como esses, o simbolismo dele é importante para os produtores nacionais. Os EUA são um mercado rigorosíssimo para a carne, e quem consegue vender para eles ganha o que seria equivalente a um selo de qualidade, uma prova de que aquela proteína é confiável.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, está em Washington para a assinatura do acordo, o que deve ocorrer durante o Comitê Consultivo Agrícola Brasil-Estados Unidos. Depois desse evento, produtores brasileiros tem uma reunião com o Meat Importers Council of the America (Conselho de Importadores de Carne da América).
Números das exportações da carne brasileira
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Agricultura e da Abiec