Segundo o Ministro de Energia da Arábia Saudita, a oferta de petróleo do país já foi totalmente restabelecida e as exportações previstas para setembro não serão reduzidas após os ataques a petroleia Saudi Aramco no último sábado (14).
Incêndios em duas instalações da empresa provocaram o corte de metade da produção do país, maior exportador da matéria-prima do mundo.
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Fumaça na refinaria da Aramco no sábado (14)
Segundo Ministro de Energia saudita, as exportações de petróleo não serão afetadas pelos ataques do último sábado (14) - REUTERS
O Ministro, príncipe Abdulaziz bin Salman, disse em coletiva de imprensa nesta terça-feira (17) que o país tem capacidade de produção e estoques suficientes para retomar, e até aumentar, o ritmo de exportações e que os preços de combustíveis locais não serão afetados.
De acordo com o príncipe, a Arábia terá uma capacidade de produção de 11 milhões de barris por dia (bpd) até o final de setembro, 1,2 milhão de barris a mais que a produção anterior aos ataques. Em novembro, a capacidade deve chegar a 12 milhões de bpd.
Para retomar a oferta, o país ativou campos ociosos de exploração e está utilizando reservas de petróleo. Também foram limitadas as compras da matéria-prima crua por refinarias locais.
Salam disse ainda que a Arábia Saudita iniciou uma investigação sobre o ocorrido e que o país precisa tomar medidas rígidas para prevenir novos ataques. "Estamos pedindo que o mundo nos ajude a proteger o petróleo".
Ele classificou o ataque como terrorista, mas não apontou uma possível origem. Segundo autoridades americanas, a ofensiva teria partido do Irã.
O receio que os ataques reduziriam a oferta mundial de petróleo levou o preço do barril a US$ 68 (R$ 278,12) na segunda (17), uma alta de 13%, a maior valorização percentual diária em 11 anos.
Com as falas do ministro desta terça, a commodity opera em queda de 6,77% por volta das 16h17, a US$ 64,35.
Também estavam na coletiva, o presidente do conselho da Saudi Aramco, Yasir Al-Rumayyan, e o CEO da empresa, Amin Nasser.
Eles disseram que o dado dos ataques ainda está sendo calculado e que o ocorrido não muda os planos da petroleira para sua abertura de capital (IPO), que deve acontecer nos próximos 12 meses.
Segundo Nasser, foram dez focos de incêndio na refinaria de Abqaiq, a maior instalação de processamento de petróleo no mundo. Com a redução da capacidade, a instalação está produzindo 2 milhões de bdp por dia. Antes do ataque, eram 4,9 milhões de bdp.
Fonte: Folha SP