A ministra argentina da Indústria, Débora Giorgi, disse , nesta quinta-feira (27), que o Brasil não apresentou nenhuma reclamação formal sobre restrições à entrada de produtos brasileiros no país vizinho. Por meio de um comunicado à imprensa, Giorgi afirmou que "também não temos informações sobre a existência de caminhões brasileiros impedidos de cruzar a fronteira entre os dois países. O Brasil é o nosso principal sócio comercial. Seguiremos trabalhando de maneira conjunta para fortalecer ainda mais esta relação".
No começo deste mês, a imprensa de Buenos Aires divulgou notícias sobre uma suposta determinação da Secretaria de Comércio do governo argentino instituindo barreiras para a entrada de alimentos brasileiros industrializados no país. As barreiras entrariam em vigor a partir do próximo dia 1º de junho e seu principal objetivo seria proteger produtos argentinos similares.
Ontem (26), o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, também falou sobre o assunto, afirmando que o governo não tem confirmação oficial de qualquer intenção da Argentina de restringir a importação desse tipo de alimentos mas, se isso acontecer serão tomadas medidas de retaliação. O secretário disse que "a orientação é dar reciprocidade. Nossa decisão será fundamentada".
Segundo a agência oficial de notícias Telam, em seu comunicado de hoje, a ministra lembrou que o fluxo comercial entre Brasil e Argentina aumentou 48% no primeiro quadrimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado. O saldo comercial registrou déficit de US$ 859 milhões para a Argentina.
De acordo com a ministra, entre janeiro e abril deste ano, as exportações para o Brasil totalizaram US$ 4,096 bilhões, o que significa 39% a mais do que no ano passado. As importações chegaram a US% 4,955 bilhões, 57% a mais em relação a 2009.
Fonte: Jornal do Comercio (RS)/Agência Brasil
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