O conselheiro Olavo Chinaglia, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), afirmou hoje que o órgão deverá ter, até o fim do ano, uma definição sobre o processo que analisa o aumento de participação da CSN na concorrente Usiminas.
“Não há um prazo específico. Mas esse caso pode vir a ser julgado até o fim do ano”, disse, em palestra sobre a nova lei de fusões e aquisições, no Rio de Janeiro.
Em abril, o órgão antitruste aplicou multa de R$ 10 milhões à CSN pelo aumento de participação na sua concorrente Usiminas. No ano passado, a CSN realizou quatro operações de compra de ações da Usiminas. Atualmente, a siderúrgica detém 16% do capital total da concorrente.
Na ocasião, o Cade também aplicou uma medida cautelar impedindo que a CSN indicasse membros para os conselhos de administração e fiscal da Usiminas. Segundo Chinaglia, a medida permitira à CSN ter ingerência nas tomadas de decisões e acesso a informações estratégicas da concorrente.
“O Cade vai verificar a fundo quais os impactos de um concorrente do porte da CSN ter participação nas deliberações da Usiminas. Se entender que isso gera riscos no mercado de aços, vai determinar que a operação seja desfeita no todo ou em parte”, disse o conselheiro.
Fonte: Valor
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