Os bancos públicos podem entrar com até R$ 39 bilhões no processo de capitalização da Petrobras por conta da possibilidade aberta pela Medida Provisória nº 500, editada na terça-feira, de a estatal converter a dívida que possui com as instituições em ações. O valor corresponde ao endividamento estimado da empresa com o BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, com base em informações publicadas pela companhia no balanço do segundo trimestre deste ano.
Os atuais acionistas da Petrobras terão direito de preferência na capitalização, mas a MP também permite a cessão de alocação prioritária ou do direito de preferência entre a União e as estatais em ofertas públicas.
Para manter a participação atual de 9,3% no capital, o BNDES precisaria entrar com aproximadamente R$ 12,5 bilhões na oferta de ações da estatal, prevista para acontecer até o final deste mês, de acordo com cálculos do professor de finanças Ricardo José de Almeida, do Insper. O valor final ainda dependerá da definição de variáveis como o preço do barril na cessão onerosa da União para a Petrobras, que determinará o total da capitalização.
A expectativa é de que o BNDES converta em ações parte da dívida que a Petrobras possui e que no final de junho era de pouco mais de R$ 35 bilhões, conforme dados do balanço da companhia.
Fonte: O Povo Online
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