O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu mais uma vez as projeções de crescimento para o Brasil em 2014 e 2015, avaliando que o país deve continuar a com a política restritiva com mais aumentos de juros e mais ajuste fiscal. Para o Fundo, também é necessário intervir no câmbio de modo mais seletivo e enfrentar os gargalos de oferta.
No relatório "Perspectiva Econômica Global", o FMI também revisou para baixo sua perspectiva sobre a atividade econômica brasileira para 2015, a 2,7%, ante 2,9% em janeiro.
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Mas isso não é tudo. A Austin Rating, agência classificadora de risco de crédito de origem brasileira, elaborou simulação no ranking das 10 maiores economias a partir das projeções do FMI e constatou que o Brasil deverá perder a sétima posição para a Índia, em 2018.
Segundo o economista chefe da agência, Alex Agostini, a Índia é o país que mais deverá subir no ranking até 2019, passando da 10ª posição em 2014 para a sétima em 2018, superando Brasil, Itália e Rússia. O presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Henrique Marinho, diz que essa expectativa de avanço da economia da Índia não é surpresa, tendo. "As estimativas do FMI mostram que a economia indiana continuará a crescer em torno de 5% até 2018, enquanto que a brasileira se manterá com crescimento entre 2% e 3%", considera.
A professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Cristina Helena Pinto de Mello, afirma que o Brasil só perde a posição se não melhorar o desempenho no balanço de pagamentos.
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As dez maiores economias hoje são Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Brasil, Itália, Rússia e Índia.
Pelas previsões, em 2018, serão Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Índia, Brasil, Itália e Rússia
Fonte: O Povo (CE)