De São Paulo - O Brasil firmou, na quinta-feira, com a China protocolos para exportação de carne bovina termoprocessada e tabaco. O documento foi assinado pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, pelo ministro da Administração Geral de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena da China, Wang Young, em solenidade com a presença do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e de seu colega chinês, Hu Jintao.
No encontro, os ministros trataram ainda da abertura mercado chinês à carne suína brasileira. Protocolo com esse fim foi assinado por Brasil e China em 2004. Daquela época até agora, 25 frigoríficos mostraram interesse em vender carne suína ao mercado chinês.
O ministério entregou aos chineses a proposta de certificado sanitário internacional para o Brasil poder exportar carne suína in natura à China. O documento tem de ser aprovado pelas autoridades chinesas. Depois, a China tem de enviar missão ao Brasil para habilitar frigoríficos à exportação. A previsão é que isso ocorra no segundo semestre, mas o assunto voltará a ser debatido hoje, em novo encontro, quando exportação de lácteos, gelatina e citros também entrarão na pauta.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, lamentou que a missão só venha no segundo semestre, em setembro, de acordo com ele. "Esperávamos que viesse em maio. Todas as tratativas indicavam essa data. Se não conseguimos isso com a visita do presidente chinês, tudo indica que o processo de abertura à carne suína na China pode demorar ainda mais".
O Brasil também discutiu com a China a habilitação de 14 frigoríficos de carne bovina in natura, pois hoje poucos podem exportar.
Fonte: Valor Econômico
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