O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a venda de ações da Six Semicondutores para seis empresas. No negócio, o grupo EBX, do empresário Eike Batista, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passam a deter as maiores participações da companhia. O restante é dividido entre IBM, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Matec Investimentos e WS IN-TECS.
Projetada para ser a maior fábrica de chips do Brasil, a Six ainda não entrou em operação, lembrou o relator do caso, conselheiro Alessandro Octaviani. O investimento é estimado em R$ 1 bilhão. Nesta semana, o governo assinou um financiamento pelo BNDES de R$ 267 milhões para o empreendimento.
Octaviani disse também que o setor de microeletrônicos no Brasil é muito pequeno. A atividade de "semicondutores gera grandes impactos positivos em outros setores da economia", disse. O voto do relator foi no mesmo sentido do parecer da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda, que recomendou o aval do negócio sem restrições.
Antes da venda de ações, a empresa era inteiramente detida pela WS. Com o negócio, a WS passa a ter 2,59% de participação; o BNDES Participações e a EBX com 33,02% cada; a IBM com 18,8%; a BDMGTEC com 6,5% e a Matec com 6,07%.
A inauguração da fábrica da Six Semicondutores, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, está prevista para o fim de 2013. A unidade passará a fabricar chips para aplicações industriais e médicas. Outro uso possível seria a elaboração de documentos, como o novo passaporte brasileiro.
Fonte: Valor Econômico/Thiago Resende | De Brasília
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