Comércio exterior pelo modal marítimo deve ser simplificado, com burocracia reduzida em embarques sem limitação de peso ou volume de cargas com valores de até US$ 50 mil
Comissão de Comércio Exterior (CCE) do Ceará completa amanhã dez anos de criação, em meio a avanços e desafios
Promover a integração das cadeias produtivas, lutar por melhorias na infraestrutura de transportes e de logística e, sobretudo, simplificar o sistema de exportação, como forma de oferecer maiores facilidades às micros, pequenas e médias empresas (MPEs), além de incrementar as vendas externas do Estado. Estes são alguns dos desafios que norteiam as ações da Comissão de Comércio Exterior (CCE) do Ceará elencados, ontem, pelo secretário executivo da CCE e gerente de Operações de Câmbio do Banco do Nordeste, Ernesto Pereira Leite Filho.
Segundo ele, apesar das dificuldades, a comissão terá muito o que comemorar amanhã, quando completa dez anos de atuação no Estado.
De acordo com Leite Filho, em 2000, quando foi instituída a CCE no Ceará, as exportações giravam e torno de US$ 450 milhões e hoje, já superam US$ 1 bilhão. "Esses resultados devem em grande parte à atuação da Comissão", avalia o secretário da entidade, ao destacar a integração das nove instituições que a compõem: Aprece, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Correios, Faec, Fiec, Governo do Estado, por meio da Adece, Nutec e STDS, o Instituto Agropolos e o Sebrae.
Exporta + Marítimo
Outra grande tarefa, aponta Leite Filho, será aprovar na Coordenadoria Geral do Sistema Aduaneiro (Coana), o projeto Exporta + Marítimo, que pretende simplificar as exportações por meio do modal marítimo.
O projeto, explica, prevê a possibilidade do uso da Declaração Simplificada de Exportação (DSE)em embarques sem limitação de peso ou volume de cargas, com valores de até US$ 50 mil ou o equivalente em outras moedas, por operação. Conforme disse, a aprovação da proposta reduziria a burocracia nas vendas externas, sobretudo às MPEs, ainda muito reticentes ao comércio exterior. "Mais do que alavancar as exportações, o objetivo é inserir as micros nesse processo, é abrir nova porta, novos mercados para as MPEs atuarem". Acrescenta que o projeto já foi apresentado ao Ministério da Indústria e Comércio (Mdic), mas aguarda adequações por parte dos portos - Pecém e Mucuripe - para que possa ser implementado. "Hoje, vamos nos reunir com eles (direção da CearáPortos) para discutir a criação de uma área específica para o projeto", sinaliza o secretário da CCE no Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste(CE)/CARLOS EUGÊNIO
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