Pequim surpreendeu os mercados de petróleo com ameaças de impor tarifas sobre as importações de petróleo bruto, gás natural e outros produtos de energia de origem norte-americana, num momento em que a China ocupa o topo da lista de importadores de petróleo dos Estados Unidos.
A China respondeu aos US$ 50 bilhões em tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, com quantidade similar de tributos sobre uma variedade de bens dos Estados Unidos.
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Mas Pequim também disse que taxará os produtos de energia dos EUA, o que analistas consideraram uma surpresa, já que ameaças anteriores se concentravam apenas em itens agrícolas e automóveis.
"Isso é sério. A China é essencialmente o maior cliente para o petróleo dos EUA agora, e então para o petróleo bruto é um problema, imagina quando se envolve produtos (refinados) também. Isso é obviamente um grande desdobramento", disse Matt Smith, diretor de pesquisa em commodities da ClipperData.
A China atualmente importa aproximadamente 363 mil barris de petróleo bruto norte-americano por dia, empatando com o Canadá como maior importador de petróleo bruto dos EUA, de acordo com dados do Departamento de Energia dos EUA. O gigante asiático ainda importa mais 200 mil barris por dia de outros produtos como propano.
A indústria de energia dos EUA têm sido impulsionada pela produção de xisto do país, elevando a produção diária de petróleo para um recorde de 10,9 milhões de barris por dia. Do total, os Estados Unidos agora exportam cerca de 2 milhões de barris por dia, com Trump exaltando a dominância do país na produção de energia e a exportação como chave para influência global dos EUA.
Fonte: G1