Com novos ajustes para cima nas estimativas para as colheitas de soja, milho e arroz, em linha com o clima favorável dos últimos meses, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) voltou a elevar sua projeção para a produção de grãos no Brasil nesta safra 2020/21, que caminha para bater mais um recorde histórico.
Em relatório divulgado há pouco, a estatal passou a calcular o volume total em 273,803 milhões de toneladas, quase 1,5 milhão a mais que o previsto em março e volume 6,5% superior ao registrado no ciclo 2019/20 (257,016 milhões de toneladas), o maior até agora.
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A área plantada consolidada deverá chegar a 68,503 milhões de hectares, um aumento de 3,9% em relação à temporada passada, e a produtividade média das lavouras tende a alcançar 4.049 quilos por hectares, alta de 2,5% na mesma comparação.
“Com a consolidação do plantio das culturas de segunda safra e o início da semeadura das culturas de inverno, as previsões iniciais de mais uma safra recorde vêm se confirmando”, afirma a Conab no novo levantamento.
Para a soja, carro-chefe do agronegócio no país, a Conab passou a estimar colheita de 135,540 milhões de toneladas, 408 mil a mais que o projetado em março e volume, recorde, 8,6% maior que o de 2019/20.
Para o milho, o cenário traçado pela estatal agora contempla produção total de 108,966 milhões de toneladas, cerca de 900 mil a mais que o estimado no relatório anterior, com aumento de 6,2% ante a temporada anterior e também um novo recorde.
A correção para cima foi motivada pela melhora dos resultados da safra de verão — o milho tem duas safras anuais maiores e uma terceira menor, em algumas regiões. Nesse caso, a Conab elevou sua estimativa para 24,513 milhões de toneladas, 1 milhão a mais que o projetado em março mas volume ainda 4,6% inferior ao de 2019/20.
Para a segunda safra de milho, a Conab ajustou o cálculo para 82,608 milhões de toneladas, 10,1% mais que no último ciclo.
Para as lavouras de arroz, a estatal elevou sua projeção para 11,095 milhões de toneladas, ainda 0,8% menos que em 2019/20, e para o feijão — a leguminosa também tem três safra anuais — a estimativa passou a ser de 3,288 milhões de toneladas, incremento de 2% na comparação.
No caso do algodão em pluma, finalmente, a Conab reduziu sua estimativa para a colheita para 2,494 milhões de toneladas, em queda de 16,9% ante 2019/20.
Fonte: Valor