O conselho de administração da Petrobras discutirá em reunião nesta sexta-feira o modelo para a venda da BR Distribuidora. Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, entre as alternativas estudadas estão o compartilhamento do controle da distribuidora de combustíveis e a possibilidade de criar empresas específicas para cada área de negócio.
Na última semana, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que a estatal avalia três ofertas pela BR. "Temos três propostas e estamos avaliando se elas representam o melhor valor possível para a empresa", afirmou o executivo, na ocasião.
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No mercado, fala-se que as propostas foram apresentadas pelos fundos Advent e GP Investments e a trading de energia e commodities Vitol. Fontes ouvidas pelo Valor, porém, não comentam os nomes dos proponentes.
Reportagem publicada esta semana pelo Valor informou que o empresário Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira e o irmão João Pedro vêm mantendo conversas com a Petrobras, e com fundos investidores, para apresentar uma proposta de compra de uma participação na distribuidora. O empresário, que preside a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), não informou, porém, quanto pretende investir e quais são os potenciais fundos parceiros.
Em entrevista à "Folha de S.Paulo" publicada esta semana, Parente contou que a companhia estuda a possibilidade do controle compartilhado para a BR Distribuidora. Na ocasião, ele explicou que a empresa pretende manter a verticalização de suas operações.
Segundo uma fonte a par do assunto, a gestão compartilhada com um novo sócio na distribuidora de combustíveis já é avaliada pela holding há algum tempo. Além de melhorar a gestão da subsidiária e aumentar a atratividade do negócio para um potencial investidor, a alternativa, segundo ela, "daria mais flexibilidade à empresa".
Em fato relevante divulgado na segunda-feira a Petrobras informou que a expectativa era que o processo de busca de parceiro estratégico para a BR Distribuidora fosse apreciado pelo órgão interno de governança e deliberado pelo conselho ainda neste mês.
A BR tem 34,9% de participação no mercado de combustíveis do Brasil. A receita operacional líquida da companhia totalizou R$ 97 bilhões no ano passado. A empresa possui, ainda, uma rede de postos de penetração nacional, de cerca de 8,1 mil postos de revenda.
Fonte: Valor Economico/Rodrigo Polito, André Ramalho e Heloísa Magalhães | Do Rio