A Cosipar, sócia dos investidores russos no Brasil, é um grupo familiar com duas unidades de ferro-gusa, a Cosipar e a Usipar, e capacidade instalada de produção de 900 mil toneladas anuais. Há 20 anos com negócios no Pará, na região de Marabá e Barcarena, a Cosipar tem áreas de floresta própria para produção de carvão vegetal e uma empresa de navegação fluvial com 21 embarcações, a MClog, que navega pelo Tocantins. O faturamento do grupo deve chegar este ano a US$ 350 milhões.
A Usipar, criada em 2007, pode fabricar até 500 mil toneladas de gusa. Mas não entrou em operação em 2008 por causa da crise, o que aconteceu no ano passado.
Há algum tempo, a família planeja investir num complexo siderúrgico na Usipar, que tem 11 milhões de m2. A usina opera com dois alto-fornos e gera 900 empregos diretos e indiretos na área de Barcarena. A Votorantim instalou uma cimenteira na região que utiliza, como matéria prima, o resíduo industrial da produção de gusa, chamada escória. Assim, 100% do rejeito da usina é aproveitado.
O grupo foi impactado pela crise que atingiu o preço do gusa, entre 2008 e 2009. Desde então, andava em busca de um sócio estratégico para implementar o projeto do complexo siderúrgico da Usipar. Em 2008, foram feitos os primeiros contatos com o grupo de Igor Zyuzin, atropelados pela crise. No ano passado, os contatos foram retomados e as conversas tiveram início. A família Monteiro buscava um sócio que tivesse não apenas dinheiro, mas que lhe abrisse contatos comerciais no exterior.
Fonte: Valor Econômico/Vera Saavedra Durão | Do Rio
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