A Petrobras comemorou ontem a marca de R$ 1 bilhão em financiamento no âmbito do programa Progredir. Nos seis meses depois do lançamento do programa, em junho, foram realizadas 242 operações de empréstimo para 149 empresas localizadas em 16 estados. Almir Barbassa, diretor financeiro da Petrobras, comemora o número mas acha que ainda é pouco considerando-se que 3 mil fornecedores - de um total estimado em 7 mil fornecedores da estatal - já se cadastraram no Progredir.
"Para nós, 149 fornecedores cadastrados no programa ainda é muito pouco, quase nada", disse Barbassa ao Valor.
A Petrobras tem cerca de 14 mil contratos ativos com cerca de 7 mil fornecedores diretos - com uma média de dois contratos por fornecedor - que somam R$ 400 bilhões. "O programa tem um potencial enorme. E o crescimento do cadastramento está sendo exponencial. Precisamos divulgar mais", completou o diretor.
Dos financiamentos já contratados no Progredir, o maior volume (R$ 286 milhões) foi emprestado para Minas Gerais, Estado onde foram realizadas 20 operações (menos que no Rio de Janeiro) - embora uma empresa mineira tenha obtido R$ 100 milhões em uma única negociação. Barbassa não informa o nome da companhia alegando sigilo.
Ainda em termos de volume, o segundo lugar ficou com o Rio de Janeiro (R$ 283 milhões, que lidera em número - com 87 financiamentos), seguido por São Paulo (R$ 178 milhões em 68 operações), Rio Grande do Sul (R$ 142 milhões e 11 financiamentos) e Bahia (R$ 27 milhões em 26 operações).
O Progredir foi criado pela Petrobras em parceria com seis instituições financeiras (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, HSBC e Santander) para facilitar a obtenção de empréstimos para a cadeia de fornecedores da estatal. Qualquer fornecedor com um contrato de aquisição de equipamentos ou prestação de serviços pode fazer um empréstimo nesses bancos usando até 50% do contrato (ou seja, um recebível da Petrobras) como garantia.
O risco de crédito - que Barbassa prefere chamar de "não performance" - fica com o banco. Segundo o diretor financeiro da estatal do petróleo, as operações já realizadas foram aprovadas em um período médio de cinco dias úteis. Todo o processo é automatizado e os contratos são padronizados, o que ajuda a reduzir o tempo.
Fonte: Valor Econômico/Por Cláudia Schüffner | Do Rio
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