Apesar de estar autorizada a instalar o canteiro de obras, a CSP ainda não tem licença para a terraplanagem
A Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP) já se mobiliza para garantir a concessão ambiental para iniciar suas obras. A empresa já recebeu a liberação para montar o seu canteiro de obras no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), onde a usina será erguida, através da concessão da Licença de Instalação (LI) para este fim. Agora, espera da Superintendência Estadual de Meio Ambiente (Semace) a resposta do seu pedido de LI para iniciar a terraplenagem do terreno, solicitado em dezembro último.
A terraplenagem é a preparação do terreno, que será de cerca de mil hectares no complexo, para receber as instalações da usina. A assessoria de imprensa da Semace explicou que cada processo de realização de obras no local exige uma licença específica. Para terraplenagem, o órgão informou que a análise tem durado, em média, 90 dias. Como a solicitação foi feita no dia 13 de dezembro, a expectativa é de que a resposta saia no próximo mês. Contudo, como a CSP é considerada um empreendimento prioritário do Governo do Estado, é possível que este prazo seja encurtado.
Sem confirmação
A CSP já tinha divulgado a intenção de assinar e oficializar, ainda este mês, o início das obras de engenharia da siderúrgica, para o começo destas no segundo trimestre do ano. A informação foi dada ainda em novembro passado, quando o governador Cid Gomes se reuniu com o presidente da CSP, Maurício Chu, e o diretor executivo da Dongkuk, Mr. Moon.
Após o encontro, Cid afirmou que o chairman da Dongkuk, Chang Sae-Joo, viria ao Ceará agora em fevereiro para assinar estes termos, durante solenidade. Para que estes planos se concretizem, é preciso garantir a Licença de Instalação da terraplenagem em tempo hábil.
Entretanto, conforme informou a assessoria de comunicação da CSP, "até o momento, a agenda não está fechada".
Macrodrenagem
Atualmente, o Governo do Estado prepara a macrodrenagem do local, que está sendo realizada pela empresa EIT (Empresa Industrial Técnica S/A), contratada pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra). O obra, no valor de R$ 10,2 milhões, foi iniciada em janeiro de 2010, e tinha prazo de oito meses para sua execução.
Contudo, até agora, apenas cerca de metade dos 5.508 metros de canal foram construídos. O canal receberá todas as águas da região, servindo ainda para retificar o curso de água de pequenos riachos existentes na área, de forma a disciplinar o esgotamento superficial onde vai ser construída a siderúrgica, dando condições para que o local não tenha problemas de alagamentos.
Após esta, a CSP se responsabilizará pela terraplenagem do terreno. Esta etapa será tocada pela Posco, sul-coreana sócia do empreendimento, e última a se agregar à joint-venture, também formada pela brasileira Vale e a sul-coreana Dongkuk.
EXPECTATIVA ERA ABRIL
Terraplanagem só terá início em junho
Governador projetava o começo dos trabalhos para abril, mas a supressão vegetal ainda deve seguir até maio
O início dos trabalhos de terraplanagem do terreno da Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP) não deve ocorrer conforme o calendário esperado pelo Governo do Estado. De acordo com a assessoria de comunicação da CSP, a preparação da área, com os trabalhos de supressão vegetal e resgate da fauna e da flora, só deverá ser concluída em maio próximo, para que em junho seja iniciada a terraplanagem.
Apesar de a perspectiva do empreendedor ainda estar dentro do prazo estipulado para o início dos trabalhos, no segundo trimestre de 2011, a data vai de encontro a afirmativa do próprio governador Cid Gomes, ao Diário do Nordeste, no último dia 9 de dezembro, de que "em abril, começa a terraplenagem e não para mais".
Planta
A siderúrgica do Pecém terá capacidade de produzir três milhões de placas de aço anuais em sua primeira fase, podendo expandir para seis milhões em uma segunda etapa. A previsão é de que o empreendimento entre em operação a partir de 2013. A Vale conta com a metade das ações da empresa, ficando a outra parte rateada entre as sul-coreanas Posco (20%) e Dongkuk (30%).
Fonte: Diário de Nordeste (CE)/SÉRGIO DE SOUSA
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