O contrato para a instalação do projeto no Complexo do Pecém está orçado em cerca de R$ 4,4 bilhões
A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) começará, em março próximo, uma nova etapa nas obras de instalação do empreendimento. Serão iniciados os trabalhos de cravação de estacas no terreno na área que receberá os principais equipamentos da usina, informou ontem o gerente-geral de Relações Institucionais, Comunicação e Sustentabilidade da CSP, Ricardo Parente.
O gerente apresentou ontem o projeto da usina na Assembleia Legislativa do Estado.
O terreno da siderúrgica, que soma 980 hectares, foi dividido em quatro setores, e a terraplanagem que vem sendo feita segue as determinações de cronograma de cada um deles. Mesmo após iniciada a etapa de estaqueamento, a terraplanagem irá continuar, em paralelo, nas outras áreas do sítio do projeto.
"Temos os setores um, dois, três e quatro. Resolvemos fazer o estaqueamento no setor três, que é o mais crítico em nível de cronograma, é onde você tem os principais equipamentos. Vamos terminar de terraplanar este setor, iniciar a cravação de estacas em março e continuar a terraplanagem nos setores um, dois e quatro", explica. A fase de preparação do terreno e terraplanagem deve, de acordo com o cronograma da CSP, finalizar ainda em 2012. As obras civis, que iniciam no mesmo ano, estendem-se até 2013, período em que também começa a fase de instalação de equipamentos e montagem, indo até 2014. A previsão é de que a usina entre em operação no primeiro semestre de 2015.
O contrato
A CSP teve assinado, na última sexta-feira, o contrato para a instalação do empreendimento, no valor de US$ 4,4 bilhões. Ao todo, a usina envolverá um investimento de US$ 4,69 bilhões. O aporte além do valor do contrato refere-se ao custo do capital, ou seja, importância que é destinada a seguro, contingência, entre outros itens que não são postos no total do contrato, explica Ricardo Parente.
De acordo com o projeto apresentado ontem, a presença da siderúrgica deverá injetar, anualmente, mais de R$ 350 milhões. A massa salarial, durante o período de construção, será de R$ 74 milhões, ampliando para R$ 80 milhões durante sua operação. O empreendimento irá gerar um incremento de R$ 5,6 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. Apesar de estar sendo instalada apenas sua primeira fase, que terá capacidade de produzir três milhões de toneladas de aço anuais, a CSP já está com todo o seu layout concluído, programando uma produção de seis milhões de toneladas.
Empregos
A CSP já conta, hoje, com 200 funcionários contratados, dos quais, 83% são do Ceará. A partir de março próximo, todas as instalações administrativas da empresa estarão funcionado em Fortaleza. O gerente-geral afirma que, até o final de 2012, cerca de 3.500 pessoas deverão estar trabalhando nas obras de instalação da usina. Na etapa de construção, devem ser gerados 15 mil empregos diretos, no pico da obra, e oito mil indiretos. Na fase de operação, serão quatro mil diretos e outros 10 mil indiretos. Parente admite que um dos grandes desafios é a oferta de mão-de-obra qualificada no Ceará para o empreendimento.
Na fase de construção, a empresa busca, nos cadastros do Sine/IDT, profissionais com perfil mais focado em obra civil, para trabalho transitório que, aponta, poderá ser direcionado, ao final da edificação, a outros empreendimentos na região. Dos quase quatro mil funcionários a serem contratados, serão 202 gerentes e supervisores, 64 engenheiros, 2.729 técnicos e 250 para a parte administrativa. Outros 713 profissionais devem ser terceirizados.
Fonte: Diário do Nordeste(CE)/SÉRGIO DE SOUSA
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