A dependência da China do gás importado está aumentando, apesar dos esforços do governo para aumentar a produção doméstica, uma vulnerabilidade que incomoda o governo chinês. A produção de gás da China aumentou 6% nos primeiros oito meses de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021, segundo o National Bureau of Statistics.
A produção aumentou a uma taxa anual de 7% nos últimos dez anos, dobrando entre 2011 e 2021, à medida que o governo incentivou o desenvolvimento de grandes campos em Sichuan, Xinjiang e na Bacia de Ordos. Mas o consumo cresceu ainda mais rápido, a uma taxa de quase 11% no mesmo período.
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A China havia se tornado o quarto maior produtor de gás do mundo até 2021 (depois dos Estados Unidos, Rússia e Irã), mas também era o terceiro maior consumidor (depois dos Estados Unidos e da Rússia). Ao contrário dos Estados Unidos e da Rússia, ambos exportadores líquidos, a China tem sido cada vez mais forçada a recorrer às importações para atender às suas necessidades, tornando-se o maior importador de gás do mundo.
A necessidade líquida de importação da China subiu para 170 bilhões de metros cúbicos em 2021, contra 29 bilhões de metros cúbicos em 2011.
A crescente dependência do gás importado emergiu como uma das maiores vulnerabilidades estratégicas da China à medida que as relações com os Estados Unidos e seus aliados se deterioraram. Um terço das importações de gás da China chegam por via terrestre por gasoduto, mas dois terços chegam por mar na forma de GNL, e a participação está aumentando.