Impulsionados, entre outros fatores, pelo aquecimento da economia do Nordeste e por obras voltadas à Copa do Mundo de 2014, os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Região cresceram 101% entre janeiro e julho deste ano, frente a igual período de 2012.
A energia eólica está entre os setores que mais receberam financiamentos do banco, nos sete primeiros meses deste ano, no Estado Foto: Melquíades Júnior
Embora tenha sido o terceiro estado a receber o maior volume de financiamentos, o Ceará apresentou a menor variação no período - de 13%. O maior avanço foi do Maranhão, com 243%.
Nos sete primeiros meses do ano, os setores que mais receberam financiamentos do BNDES, no Estado, foram instalações de esportes - a exemplo do estádio Castelão -, geração de energia eólica, transporte rodoviário de carga e fabricação de calçados.
Conforme o chefe do departamento Nordeste do BNDES, Paulo Guimarães, o avanço dos desembolsos na Região está atrelado ao crescimento econômico do Nordeste, impulsionado por setores como o de papel e celulose - no caso do Maranhão -, petróleo e construção naval, bem como a construção de estádios para a Copa do Mundo.
Guimarães destaca que, no Ceará, o comércio varejista de material de construção está entre os dez setores que receberam mais desembolsos nos sete primeiros meses de 2013. Para o chefe do departamento Nordeste, o fato reflete os investimentos feitos recentemente no Estado, o que deverá manter o ritmo de desembolsos, no Ceará, nos próximos meses.
Expansão
Além disso, diz, a instituição tem tentado expandir sua atuação, tornando-se mais atrativa para os empreendedores. "O banco tem tentado mostrar que o crédito, com um custo interessante, traz mais velocidade pro investidor, do que se ele usasse o capital próprio", destaca.
Pequeno porte
De acordo com o BNDES, das 13.607 operações realizadas, no Ceará, de janeiro a julho de 2013, 13.187 - 97% do total - foram feitas junto a micros, pequenas e médias empresas. Elas concentraram 47% do volume total financiado no Ceará. No Sudeste, compara Guimarães, a participação de empresas costuma ficar entre 85% e 88%.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)/JOÃO MOURA
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