A presidente Dilma Rousseff pediu à equipe econômica que analise a situação do setor siderúrgico e avalie a possibilidade de adotar medidas para estimular as vendas de aço no país.
Na semana passada, em reunião de Dilma com empresários, Benjamim Steinbruch, presidente da CSN, pediu a adoção de ações para destravar o crédito para os setores automotivo e da linha branca (fogões, geladeiras e máquina de lavar).
Esses dois segmentos já foram alvo de ações recentes do governo para tentar estimular a economia, como a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Segundo a Folha apurou, Dilma solicitou, por enquanto, somente estudos sobre o tema. Para a equipe econômica, talvez seja melhor aguardar para checar se o mercado não vai reagir.
A equipe de Guido Mantega está preocupada com o travamento do crédito que afetou o crescimento do país neste primeiro semestre, mas espera uma reação nas próximas semanas.
Motivo: o efeito das reduções de juros do Banco Central, seguidas primeiro pelas instituições financeiras públicas e, depois, pelos privadas diante das pressões do Palácio do Planalto.
O problema, segundo um diagnóstico preliminar, é que, no caso do setor automotivo, a queda nas vendas e na produção nos primeiros quatro meses deste ano reflete uma combinação de fatores: endividamento das famílias, alta da inflação em 2011 (que corroeu parte da renda dos trabalhadores) e crescimento da inadimplência, que faz com que as instituições financeiras fiquem mais seletivas na concessão de crédito.
Fonte:Folha de São Paulo/VALDO CRUZ/SHEILA D’AMORIM DE BRASÍLIA
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