O diretor financeiro e de relações com investidores da Ultrapar, André Pires, disse nesta quinta-feira em teleconferência com analistas que o aumento dos preços internacionais do petróleo e derivados e a revisão das estimativas para o crescimento econômico impõem desafios a uma recuperação mais acelerada da Ipiranga, braço de distribuição de combustíveis do grupo.
Ainda assim, para 2019, a companhia manteve a expectativa de crescimento dos volumes acima do Produto Interno Bruto (PIB) e de recuperação do resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em relação a 2018.
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Na Oxiteno, a expectativa é de recuperação do volume de vendas no segundo trimestre, embora as margens sigam pressionadas diante da queda dos preços das commodities petroquímicas no mercado internacional. “Devemos ter volume de vendas maior no segundo trimestre, mas as margens seguem pressionadas nas commodities. Deve haver melhora sequencial nos resultados, mas abaixo do segundo trimestre de 2018”, disse.
Para a Ultragaz, por sua vez, a expectativa é de retomada gradual da trajetória de crescimento moderado ao longo do ano, uma vez que a restrição de oferta por causa de paradas em refinarias da Petrobras no primeiro trimestre já foi superada.
De acordo com Pires, para a Ultracargo, a previsão é de manutenção da dinâmica de mercado vista no primeiro trimestre, com trajetória similar em 2019. A empresa já havia provisionado R$ 15 milhões relativos ao termo de ajustamento de conduta (TAC) de R$ 67,5 milhões, assinado na última quarta-feira com o Ministério Público para compensar impactos do incêndio no porto de Santos, e a diferença de valor será provisionada neste trimestre.
Na Extrafarma, seguiu o executivo, o ambiente de competição no varejo farmacêutico se mantém e não há expectativa de alteração significativa nesse cenário. “Mas isso deve ser compensado nos próximos trimestres pela maturação do faturamento e reajuste dos medicamentos”, disse.
Para a Ultrapar, de maneira geral, a perspectiva é positiva do ponto de vista da geração de caixa e a previsão ainda é a de crescimento do Ebitda no ano. “Obviamente, o resultado do primeiro trimestre não está em linha com o que se almeja, mas não concordo que o resultado foi fraco em todos os negócios, com exceção da Ultracargo [no primeiro trimestre]”, disse o executivo, acrescentando que a Ipiranga, por exemplo, entregou resultados dentro do esperado no intervalo.
Fonte: Valor