A fabricante de compressores Embraco e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) vão oferecer até R$ 10 milhões, nos próximos cinco anos, em linhas de financiamento voltadas à inovação.
Segundo o presidente da empresa, João Carlos Brega, a intenção é estimular projetos nas áreas de eficiência energética, nanotecnologia e eletrônica que possam contribuir para uma maior competitividade tecnológica das empresas catarinenses.
Os recursos serão repassados diretamente às instituições contempladas com as linhas de financiamento ao longo de cinco anos. A Whirlpool, controladora da Embraco, disponibilizará R$ 5 milhões. A Fapesc complementa com outros R$ 5 milhões.
A Embraco investe cerca de 4% do faturamento anual em pesquisa. Com uma equipe de cerca de 500 pessoas trabalhando em desenvolvimento de produtos e pesquisa ao redor do mundo - 300 no Brasil -, a empresa atribuiu 80% das vendas a produtos lançados nos últimos quatro anos. Em 2010, a Embraco alcançou a marca de 1 mil patentes no mundo. Segundo Brega, a empresa mantém convênios com cerca de dez universidades nas regiões em que mantém unidade produtiva.
O presidente diz que não há um interesse direto em contratar pesquisadores que se destaquem ou implementar todos os programas desenvolvido por meio de incentivo da Embraco. De acordo com ele, muitas vezes é mais interessante manter o pesquisador ligado ao meio acadêmico do que trazê-lo para a realidade corporativa.
Entre as inovações mais recentes da empresa estão o microcompressor individual, desenvolvido para auxiliar na refrigeração de uniformes, como o de bombeiros, e no transporte de órgãos, já que pode ser movimentado e adaptado a equipamentos menores. A empresa também investiu cinco anos de pesquisa e cerca de US$ 20 milhões no desenvolvimento de uma tecnologia de compressor que dispensa o uso de óleo lubrificante. Essa combinação permite ao produto atingir níveis de eficiência superiores aos alcançados por todas as outras versões de compressores do mercado e pode ser usado em diferentes posições - evita aquela restrição nos refrigeradores convencionais de que precisa ser mantido na vertical, por exemplo.
Fonte:Valor Econômico/Júlia Pitthan | De Florianópolis
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