Apesar de ser o braço de geração de energia elétrica do grupo EBX, do empresário Eike Batista, a MPX é responsável pela busca dos combustíveis que serão utilizados nas suas térmicas. Além do carvão, a MPX procura de gás natural em parceria com a OGX, do mesmo grupo, na bacia do Parnaíba (MA).
"Temos umas 300 pessoas trabalhando na sísmica de lá e o segundo poço será furado até maio", afirma o presidente da empresa, Eduardo Karrer . O primeiro poço foi furado por outra empresa em 1987, quando foram constatados indícios de hidrocarbonetos.
"Estamos bastante confiantes no segundo poço e a expectativa é de que a licença para a térmica (do Maranhão) saia ainda no primeiro semestre deste ano."
Diferentemente da maioria dos empresários brasileiros, Karrer não vê o licenciamento ambiental como um empecilho para os investimentos, "não é fritar bolinho, todo país é igual", e aposta no uso de tecnologia para abrir os caminhos.
"O segredo é a tecnologia de ponta, não pode economizar", afirmou o executivo, que espera para as próximas semanas a licença ambiental para a térmica da empresa no Chile, que receberá o carvão colombiano por mar.
A questão ambiental tem levado a MPX a fazer pesquisas nessa área. No momento, desenvolve estudos para misturar biomassa ao carvão.
A expectativa de Karrer é de que a empresa chegue ao final deste ano com pelo menos 10 mil megawatts licenciados, incluindo os 2,7 mil megawatts que já estão com licença e em construção (Pecém e Itaqui).
Segundo ele, apesar de não pretender participar do leilão da usina de Belo Monte (PA), outras hidrelétricas podem entrar no portfólio da empresa, que emplacou um projeto no primeiro leilão de energia eólica no ano passado e também estuda projetos de energia solar.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ)
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