Estrada Pelotas-Rio Grande tem novo prazo
Dnit tem cerca de R$ 6 milhões disponíveis para iniciar desapropriações da área
Para o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), a duplicação da rodovia Pelotas-Rio Grande (BR-392) começou em outubro, a partir do estudo topográfico de dois dos quatro lotes da via.
Passados dois meses, no entanto, as máquinas ainda não entraram na pista. A duplicação só se iniciará de fato a partir de janeiro. Hoje, o Dnit realiza uma entrevista, em Rio Grande, para anunciar o início das desapropriações. Segundo o diretor de infraestrutura rodoviária do órgão, Hideraldo Caron, cerca de R$ 6 milhões já estão disponíveis para o pagamento imediato das áreas, caso os proprietários aceitem os valores previstos nos laudos elaborados pelo Dnit. Entre os dias 8 e 12 de março, uma rodada de audiências de conciliação ocorrerá na Justiça Federal.
– Calculamos gastar em torno de R$ 10 milhões para 210 processos – conta o engenheiro Henrique Coelho, presidente da comissão de desapropriações da BR-392.
Seis mil caminhões por dia percorrem o trecho
Financiada com R$ 350 milhões do Programa de Aceleração do Desenvolvimento (PAC), a duplicação é importante para o desenvolvimento do Estado. Os 67 quilômetros entre Pelotas e Rio Grande correspondem a uma das principais artérias da economia gaúcha, por onde escoa 70% dos 25 milhões de toneladas em mercadorias que o porto de Rio Grande movimenta anualmente. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, 6 mil caminhões fazem o trajeto a cada dia.
A sucessão de atrasos data de janeiro. O Dnit anunciou a largada a partir dos lotes dois (na ponte sobre o Canal São Gonçalo e três (do Povo Novo até o porto de Rio Grande), que consumirão R$ 280 milhões.
Em outubro, a Ivaí Engenharia e Obras e a Construtora Triunfo, responsáveis pelos lotes, realizaram a topografia e recuperaram bueiros e pontilhões. Com cerca de 160 máquinas e 500 homens mobilizados, aguardam desde novembro a licença de operação para retirarem areia de 18 jazidas ao longo da rodovia.
– A obra já tem licença prévia e de instalação. O que está ocorrendo agora é o processo normal de licenciamento das empreiteiras para o uso das jazidas – afirma Caron.
As empresas esperam obter as licenças do Ibama antes de 31 de dezembro e começar a trabalhar a partir de 4 de janeiro. Os lotes dois e três precisam ser entregues até março de 2012. (Fonte: Jornal Agora/Rio Grande,RS/Guilherme Mazui)